A Rumo anunciou a migração dos seus sistemas críticos para a nuvem. Com isso, o Centro de Controle de Operações (CCO) da operadora ferroviária deixou de ser centralizado em um espaço físico. De acordo com a empresa, toda a operação, com mais de 100 sistemas, foi migrada em três meses.
“Atuamos em um ambiente de alta complexidade. Utilizamos várias tecnologias para uma gestão de tráfego eficiente, garantindo a logística do país. Um problema na ferrovia, além do impacto operacional, pode até refletir em outros modais de movimentação de carga, como caminhões e navios nos portos”, explica o Diretor de Tecnologia Ferroviária da Rumo, Marco Andriola.
Atualmente, o CCO da empresa fica localizado em Curitiba (PR). Em momentos de pico, a Rumo recebe mais de 1.800 caminhões por dia em um dos seus maiores terminais, em Rondonópolis (MT). “Isso equivale a mais de um caminhão por minuto. Se o terminal parar, isso afeta o complexo rodoviário com filas enormes de caminhões”, conta Andriola.
Com os trens se locomovendo ao mesmo tempo e usando, muitas vezes, as mesmas linhas, outro desafio da Rumo é gerenciar os cruzamentos das composições. “É preciso ter um mecanismo altamente confiável para garantir a segurança e evitar colisão”, comenta Andriola.
Todo ambiente operacional da Rumo, assim como o de back office, até então, rodavam em datacenter, também na capital paranaense, onde fica a sede da empresa. Para garantir total disponibilidade de comunicação do CCO com os trens, mesmo em eventuais situações de risco ou de dificuldade de acesso ao local físico, a companhia resolveu transferir os ambientes operacional e administrativo para a nuvem.
Com a migração dos sistemas, a Rumo aumentou a disponibilidade às mais de 100 aplicações e ferramentas usadas no dia a dia. “Foi uma decisão estratégica migrar para a nuvem. Queríamos acabar com a dependência de acesso ao espaço físico e, por isso, optamos em criar um CCO virtual”, justifica o diretor de tecnologia ferroviária da Rumo.
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