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Brado reforça operação da Cotriguaçu para o Porto de Paranaguá

De janeiro a agosto, companhia movimentou 14.700 TEUs, crescimento de 14% quando comparado ao mesmo período do ano passado
Por Redação em 27 de outubro de 2020 às 8h10 (atualizado às 8h11)

A Brado informa que movimentou, de janeiro a agosto de 2020, cerca de 14.700 TEUs entre o terminal ferroviário da Cotriguaçu Cooperativa Central e o Porto de Paranaguá (PR). A operação é concentrada 100% no transporte frigorificado de aves para o mercado de exportação. O volume movimentado representou um crescimento superior a 14% no comparativo com o mesmo período do ano passado.

Para tornar mais eficiente e produtiva a operação, a Brado assinou em maio deste ano um novo acordo comercial com a Cotriguaçu para expandir o volume das operações e otimizar o transit time das cargas transportadas. A perspectiva para o segundo semestre é um aumento de 40% no volume médio mensal de contêineres refrigerados.

“É uma solução logística multimodal com enorme potencial de crescimento para atender o mercado avícola das cooperativas do Oeste”, aposta o gerente executivo Comercial da Brado, Vinicius Cordeiro. Segundo ele, os resultados demonstram a eficiência do transporte multimodal em relação à sustentabilidade, segurança e à pontualidade das operações.

Brado reforça operação da Cotriguaçu para o Porto de Paranaguá
Divulgação

Resultados

Três fatores são avaliados pela Brado em relação aos níveis de serviço. A empresa monitora o atendimento SLA, também conhecido como deadline – que avalia o cumprimento dos prazos previstos em toda operação, da origem até o destino –, o percentual de acidentes e os índices de segurança da carga.

“A qualidade das operações aliada à alta tecnologia garante uma operação segura. No último ano não ocorreu nenhuma avaria e o cumprimento dos prazos assumidos com os clientes foi de praticamente 100%”, diz Cordeiro.

Outra iniciativa em andamento são os testes para que todo processo de refrigeração dos contêineres seja feito somente no terminal da Cotriguaçu, em Cascavel. Hoje, o transporte de carnes frigorificadas por contêineres leva em média de 5,5 dias no trajeto de 600 quilômetros até o Porto de Paranaguá. Nesta rota, os contêineres passam também por um processo de reforço na refrigeração em Guarapuava. A nova solução vai eliminar essa parada em Guarapuava reduzindo em até 24 horas o tempo da viagem, ou seja, ganho de 18% no fluxo operacional.

O superintendente da Cotriguaçu, Gilson Luiz Anizelli, afirma que o acordo com a Brado trouxe novas perspectivas para o modal ferroviário. “O planejamento conjunto é essencial para otimizar ainda mais esse fluxo de exportação tão importante para as cooperativas do Oeste do Paraná”, conta.

A operação multimodal com base ferroviária também traz ganhos para o meio ambiente. A redução na emissão de CO2 é até cinco vezes menor no transporte de cargas por ferrovia. A análise leva em conta o volume transportado por ferrovia pelos trens em comparação ao modal rodoviário.

O levantamento feito pela Brado nas operações da Cotriguaçu, entre janeiro de 2019 e agosto de 2020, mostram que a solução multimodal representou uma redução de 39,7 mil de toneladas de CO2 no comparativo com o modal rodoviário.

Além do mercado de exportação, a Brado está estruturando uma nova operação de importação para atender a agricultura do Oeste paranaense. Em agosto, o primeiro trem carregado com 560 toneladas de fertilizantes descarregou no terminal ferroviário de Cascavel. A estratégia da companhia é tornar a operação regular na região, assim como já acontece em Cambé, no Norte do Paraná, com média de um trem por semana.

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