A mina de Ferro Carajás S11D, um importante projeto da empresa Vale, localizada em Canaã dos Carajás, no sudeste do estado do Pará, está com seu sistema de operação energizado. No ramal ferroviário de 101 km, que liga a mina à Estrada de Ferro Carajás (EFC), todos os dormentes e trilhos foram instalados, o que permite a movimentação de locomotivas de construção para finalizar os últimos detalhes do trecho. Por sua vez, no Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA), de onde chegará o minério transportado pela EFC, deu-se início à operação assistida da expansão onshore do porto.
A parte onshore do chamado S11D Logística consiste na construção da infraestrutura portuária em terra necessária para receber e armazenar o minério da mina que vem do sudeste do Pará. No total, são dois viradores de vagões, um conjunto de transportadores, uma empilhadeira e duas recuperadoras. A empilhadeira é uma das quatro instaladas no porto. As máquinas alcançam 45 metros de altura e possuem capacidade de movimentação de 16 mil toneladas por hora de minério. Junto com as recuperadoras, as empilhadeiras têm a função de organizar a carga na área do pátio e direcionar o produto que será embarcado no navio.
“Essa próxima etapa permitirá que as equipes da operação e manutenção, em conjunto com as do projeto, atuem em sinergia para garantir a perfeita e plena operação até o alcance de 100% de confiabilidade dos equipamentos no onshore”, afirma o líder da equipe de Prontidão Operacional, Evalton Sena.
O Projeto S11D, que inclui mina, usina e logística ferroviária e portuária, está com 79% de suas obras finalizadas e entrará em operação no segundo semestre. O avanço físico da mina e usina está em 90%, enquanto o da parte logística (que inclui o ramal ferroviário) alcançou 70%. Considerando apenas o ramal, o avanço das obras chegou a 92%.
Os investimentos totais são de US$ 14,4 bilhões – US$ 6,5 bilhões, aplicados na implantação da mina e da usina e US$ 7,9 bilhões, referentes à construção de um ramal ferroviário, à expansão da Estrada de Ferro Carajás e à ampliação do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís.
Dentro da mina, será posicionada, nos próximos dias, a primeira grande máquina: um britador móvel de 54 metros de comprimentos, 15 metros de altura e 17 metros de largura. O britador é o primeiro de um conjunto de sete, que vão compor o chamado sistema truckless. A tecnologia, nunca antes usada na mineração de ferro, permitirá substituir os caminhões fora de estrada na operação, reduzindo em 70% o consumo de diesel e em 50% as emissões de gases de efeito estufa.
Já a energização da mina do S11D ocorreu graças à conclusão da subestação principal, de 230 KV, que irá fornecer toda a energia necessária para o comissionamento e operação dos equipamentos da unidade. A subestação também vai viabilizar toda interface de comunicação entre usina e mina, com monitoramento on-line a partir do centro de operação do projeto. No total, mais de 10 km de linhas de transmissão de energia compõem o sistema na mina.