A Hidrovia Tietê-Paraná, administrada pelo Departamento Hidroviário de São Paulo, voltou a operar com a capacidade plena na última sexta-feira, dia 1º de abril. A retomada vinha acontecendo de forma gradativa há duas semanas, com calado inicial de 2,40 m. Agora, é possível navegar com calado máximo de 2,70 m e sem ondas de vazão.
O trecho mais atingido por conta da falta de chuvas na região, desde agosto do ano passado, foi o do pedral de Nova Avanhandava, em Buritama, entre Pederneiras (SP) e São Simão (GO), e por onde normalmente são escoadas as produções agrícolas para os reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira.
“Agora, de forma plena e com a capacidade máxima, a gente esperar recuperar o tempo perdido e transportar os níveis recordes da produção de agronegócio do país. Temos um corredor logístico de commodities que engrossa o PIB brasileiro e leva mais emprego e renda para as populações de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás”, destaca João Octaviano Machado Neto, secretário estadual de Logística e Transportes.
Pela hidrovia são escoadas as produções agrícolas para os reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira com destino a São Simão e vice-versa. Dos 2.400 km de extensão de toda a Hidrovia Tietê-Paraná, 800 km estão no estado de São Paulo sob responsabilidade do Departamento Hidroviário. Os outros estados cortados pelo modal fluvial são Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, numa região de 76 milhões de hectares, onde é gerada quase a metade do PIB brasileiro.
Antes da paralisação do pedral de Nova Avanhandava, a Tietê-Paraná, no trecho São Paulo, vinha transportando níveis recordes da produção agrícola brasileira, principalmente de soja e milho. Em 2020, somou 2,1 milhões de toneladas, mesmo com a pandemia. No ano anterior, a movimentação havia sido de 2,5 milhões de toneladas no trecho.
O governo de São Paulo está concluindo as obras para implantação do canal de montante da eclusa de Ibitinga, com investimento de quase R$ 10 milhões, e o desassoreamento, derrocamento e ampliação de vãos de pontes, manutenção e implantação da sinalização náutica, o que promove mais segurança para a navegação fluvial.