A Suzano iniciou os testes com um caminhão autônomo para a movimentação de celulose no Porto do Itaqui, localizado em São Luís (MA), primeiro terminal portuário do Maranhão a utilizar essa tecnologia. Esses testes estão ocorrendo de forma simultânea no Portocel (sociedade entre a Suzano e a Cenibra), em Aracruz (ES).
Os caminhões são totalmente controlados por inteligência artificial e utilizam câmeras e sensores integrados a diversos sistemas robóticos. A tecnologia nos veículos foi desenvolvida pela empresa Lume Robotics, e atualmente está sendo usada em um caminhão Mercedes Benz Axor 3344s 6x4, podendo ser utilizada em outras marcas e modelos. A estratégia abrange visão computacional, mapeamento, localização, planejamento de rotas, tomada de decisão, controle e central de operações. Os testes contemplam movimentações internas, desde o transporte da carga de celulose até subprocessos como embarque de navio, descarga de barcaças e movimentações em pátio, armazém e cais.
O Sistema emprega uma abordagem Proporcional Integral Derivativa (PID), resultando em comandos eficientes para aceleração, frenagem e direção. De acordo com um estudo de 2018 da universidade de Kentucky (An Economic Feasibility Assessment for Adoption of Autonomous Field Machinery in Row Crop Production), essa abordagem otimiza o consumo de combustível, reduzindo custos operacionais em cerca de 17%. A Suzano também afirma que a estratégia minimiza o impacto ambiental, alinhado à estratégia de sustentabilidade da companhia.
Ainda de acordo com a empresa, a configuração autônoma dos veículos também oferece vantagens em relação a operações convencionais. Com um tempo de reação padrão de um décimo de segundo, o sistema autônomo supera a capacidade humana, essencial para lidar com eventos simultâneos em emergências. Além dos benefícios mencionados, a operação autônoma proporciona eficiência operacional contínua, minimizando perdas e impactando positivamente na produtividade. O projeto considera a utilização de cavalos mecânicos adaptados para transporte interno de celulose, principal carga movimentada pela empresa.
"Essa tecnologia está alinhada com a estratégia da companhia de buscar soluções inovadores e cada vez mais sustentáveis para nossas operações. A iniciativa também reforça o compromisso contínuo da Suzano de contribuir com o desenvolvimento do estado do Maranhão. Temos a expectativa de que essa solução proporcione não apenas mais segurança e eficiência operacional, mas também fortaleça a cultura de inovação do Porto do Itaqui, resultando em ganhos significativos para o negócio e para a gestão, além do reforço da sustentabilidade ambiental por meio de uma operação com menor consumo de combustível", finaliza Arnaldo Miranda, Gerente de Portos da Suzano.
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