Entidade propõe modelo para futura integração dos sistemas de habilitação nas Américas
Uma proposta de um modelo internacional de habilitação de motoristas foi aprovada durante a V Assembléia Ordinária da Câmara Interamericana de Transportes (CIT), entidade internacional formada por 19 países das três Américas, realizada nos dias 27 e 28 de outubro na cidade de Bogotá (Colômbia). Para chegar a este modelo, a entidade realizou um estudo no qual foram analisados os modelos, os dados e os requisitos de obtenção de carteiras de motorista nos países que compõem a câmara.
O estudo confirmou que os requisitos de habilitação de condutores, de maneira geral, são muito parecidos de país para país. As diferenças aparecem no que se refere à forma de categorização das carteiras e aos órgãos emissores, responsabilidade da União em alguns países e dos municípios em outros.
Entre os requisitos básicos propostos pela câmara está a idade mínima de 18 anos para a categoria de amadores e de 21 anos para as categorias profissionais, e o estabelecimento de um curso básico de educação automobilística que concederá um certificado de aptidão para os motoristas. A licença dos amadores deverá ser renovada em um prazo de dez anos e, para os profissionais, a renovação será feita em cinco anos, quando será realizado um novo exame médico. Como cada país possui diversas categorias ou classes de habilitações, a entidade propôs que seja adotado um critério simplificado para evitar problemas e facilitar a fiscalização.
O objetivo do estudo é incentivar as autoridades governamentais a modernizar os modelos, requisitos e currículos de formação dos motoristas (amadores ou profissionais), de acordo com um padrão internacional, baseado nos pontos comuns à maioria dos países do bloco das Américas. Segundo a entidade, este novo modelo possibilitaria um reconhecimento amplo dos documentos de habilitação em âmbito regional e, futuramente, a integração dos sistemas de habilitação em todo o continente.
Alguns países já adotam itens de segurança e controle considerados exemplares, como na América Central, onde as habilitações em alguns dos países já possuem chips ou códigos de barras e informam, ao serem consultadas pelos agentes de trânsito, o cadastro do motorista e seu histórico de condução.