A partir da construção de um centro de pesquisa para a industrialização do cultivo e o processamento da borracha oriunda do dente-de-leão, a Continental planeja expandir seu projeto batizado de Taraxagum. O projeto é conduzido em colaboração com o IME Fraunhofer Institute, com o Julius Kühn Institute e com especialistas em desenvolvimento de plantas de Eskusa, em Parkstetten, na Alemanha.
A empresa investirá aproximadamente 35 milhões de euros na primeira fase do projeto. “A construção do Laboratório Taraxagum é parte de nosso consistente esforço de implementação da estratégia de crescimento de longo prazo Visão 2025, que envolve pesados investimentos em nossas capacidades de produção e de pesquisa”, disse Burkhardt Köller, chairman do Management Board da Continental Reifen Deutschland GmbH e chefe do Controlling na divisão de Pneus da Continental.
“Com o Laboratório Taraxagum alcançamos um marco nesse projeto”, explica Andreas Topp, chefe de Material, Desenvolvimento de Processos e Industrialização de Pneus da Continental. “Esse projeto excitante tem sido desenvolvido em um ritmo promissor. Uma pequena série de pneus Taraxagum, com a banda feita integralmente de borracha de dente-de-leão, foi testada contra pneus convencionais feitos de borracha natural e os resultados foram extremamente positivos. Agora, nós queremos avançar para a produção em série de Taraxagum e com o novo laboratório estamos criando as fundações para isso”, diz.
A Continental começou a trabalhar no desenvolvimento de Taraxagum há cerca de cinco anos. O dente-de-leão russo foi cultivado de modo a poder ser produzido em maiores quantidades do que a borracha tradicional derivada das árvores tropicais. Novos processos e métodos de produção também estão sendo desenvolvidos para produzir a borracha empregada na produção de pneus e de outros produtos a partir da seiva de látex da raiz da planta.
Nas experiências iniciais, a Continental produziu pneus de inverno para carros de passeio e autopeças. O dente-de-leão também pode ser cultivado no Norte e no Oeste da Europa, fazendo com que seja muito mais curta a rota de transporte entre os locais de produção no continente, contribuindo assim para um uso sustentável e socialmente viável dos recursos existentes.