A Anglo American e o Porto do Açu anunciaram uma parceria para estudar, em unidades industriais, o reuso da água que é utilizada na operação do maior mineroduto do mundo, que conta com 529 km de extensão e transporta minério de ferro de Conceição do Mato Dentro (MG) até o empreendimento portuário, em São João da Barra (RJ). Potencialmente, esse deve ser um dos maiores projetos de reaproveitamento de água do Brasil, com um volume que pode chegar a 0,3 m³/s de água reutilizada.
O minério sai da planta da Anglo American e atravessa 29 municípios até o Porto do Açu, onde passa por um processo de filtragem, com a separação da água e do minério. Depois é armazenado para exportação. Atualmente, o efluente gerado pelo sistema de filtragem da água é tratado e majoritariamente descartado ao mar, seguindo estritamente todos os padrões legais.
A parceria vai estudar o tratamento e a utilização de parte desse efluente nas plantas industriais atuais e futuras do complexo, para que, gradativamente, o efluente deixe de ser descartado no mar e passe a ser reutilizado.
“Essa é mais uma parceria que vai ao encontro do nosso propósito de reimaginar a mineração para melhorar a vida das pessoas. Ela está alinhada com as metas e os objetivos do nosso Plano de Mineração Sustentável. A ideia é elevar o reuso ao máximo possível em nossas operações”, explica Tiago Alves, gerente de Meio Ambiente da Anglo American. “A empresa continua trabalhando para incentivar e construir um ambiente cada vez mais sustentável, que traga soluções em prol da sustentabilidade e da sociedade em geral. Temos metas consistentes em nosso Plano de Mineração Sustentável e trabalhamos de maneira sólida para atingi-las”, afirma Wilfred Bruijin, CEO da Anglo American no Brasil.
“As empresas instaladas no Porto do Açu necessitam de água para diferentes atividades e representam relevante demanda para água de reuso. A iniciativa estimula as práticas de economia circular da água, em linha com as estratégias de sustentabilidade do Grupo Prumo. O efluente também poderá ser reutilizado por empresas que implantarão novos projetos industriais e renováveis no porto, como usinas termelétricas, planta de fertilizantes, produção de pellets, petroquímicas, hidrogênio verde e aço verde”, afirma José Firmo, CEO do Porto do Açu.