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Porto de Santos apresenta operacionalidade

Por Redação em 1 de março de 2011 às 11h30 (atualizado em 11/04/2011 às 15h00)

Terminal paulista movimentou, no primeiro mês do ano, 6,3 milhões de toneladas. SEP retoma obras de dragagem e ampliação do canal de acesso

O Porto de Santos informa que movimentou, no primeiro mês deste ano, 6,3 milhões de toneladas de carga, superando em 3,7% o montante do mesmo período de 2010 (6 milhões de t). A expectativa é a de que a tendência de alta seja mantida e o terminal encerre o ano com movimentação de 101,5 milhões de t.

Do total operado em janeiro de 2011, 3,5 milhões de t (56,7%) foram embarcadas, queda de 5,7% frente ao mesmo período de 2010, influenciada pela movimentação de açúcar 21,3% menor deste mês de janeiro. Apesar disso, o produto se destaca como sendo a carga com maior participação na tonelagem de exportações (18%), num total de 649.187 t.

Já outros itens da lista dos mais exportados registraram crescimento, como o milho, segundo em participação do total das exportações (555.518 t) que cresceu 17,9%, os sucos cítricos, 36,9%, a gasolina, 40%, e o café em grãos, 43,9%.

As importações totalizaram 43,3% da carga movimentada, ou 2,7 milhões de t. O crescimento dos desembarques de insumos industriais e agrícolas indica investimentos crescentes nas duas áreas no Brasil. O adubo, produto de maior participação em tonelagem nas importações (313.523 t), cresceu 247,2% e a amônia 99,2%. No caso dos insumos industriais, o recebimento de carvão aumentou em 99,2%, de minério de ferro 118% e de GLP 46,6%.

A movimentação de contêineres cresceu 14,2% em janeiro de 2011 – de 190.141 TEUs para 217.210 TEUs. Os números de contêineres sugerem que, mesmo passadas as festas de fim de ano, a demanda por produtos de alto valor agregado continua consistente.

Em relação à balança comercial brasileira, o Porto de Santos contribuiu com a movimentação de US$ 7,2 bilhões em mercadorias, que representam 24% da soma de exportações e importações, em valores monetários. Foram US$ 3,9 bilhões em produtos importados movimentados pelo porto, vindos principalmente da China, Estados Unidos e Alemanha, enquanto a carga exportada somou US$ 3,3 bilhões, destinada principalmente aos Estados Unidos, aos Países Baixos e à Argentina.

Obras

O ministro da Secretaria Especial de Portos (SEP), Leônidas Cristino, anunciou na última sexta-feira, dia 25 de fevereiro, a conclusão da dragagem dos trechos 1, 2 e 3, que vão do canal externo até o Armazém 6 do porto santista, e somam 19 km, de um total de 24 km que deverão ser dragados. A obra iniciada em fevereiro de 2010, conta com dois equipamentos: a draga Xin Hai Hu, de 13.500 mil metros cúbicos, e a Hang Jun 3001 de cinco mil metros cúbicos. A obra, no valor de R$ 199,5 milhões, deverá ser finalizada em setembro deste ano e está sendo realizada pelo consórcio Draga Brasil.

Esta obra compreende o aprofundamento do canal para 15 metros e o alargamento dos atuais 150 m para 220 m. Com isso, será possível o tráfego de navios em mão dupla por grande parte da frota que circula atualmente em águas brasileiras. Com o resultado obtido, o ministro garante que haverá aumento de 30% na capacidade operacional do porto. Em uma segunda etapa, o canal externo será dragado para 17 metros. Os recursos já estão previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O próximo passo será entregar a documentação junto a Capitania dos Portos para, assim, homologar a profundidade adquirida com a dragagem nesta primeira etapa. Em encontro com o Ministério da Marinha, em Brasília, Cristino apresentou a importância desta obra para o cenário nacional, uma vez que o Porto de Santos é o maior da América Latina, e responsável por 26% do fluxo do comércio exterior do País. O ministro solicitou celeridade ao processo de homologação.

A dragagem irá beneficiar diretamente o chamado Corredor de Exportação, terminais de contêineres localizados no início do canal e a movimentação de açúcar. Esse empreendimento vai tornar o complexo portuário santista ainda mais competitivo, com capacidade para receber navios “pós-panamax”, que possuem 280 m de comprimento e 42,8 m de boca (largura), calado de até 13,5 m e capacidade de transporte para até 70 mil Toneladas de Porte Bruto (TPB).

A SEP trabalha, ainda, na obra de derrocamento das pedras de Tefée e Itapema, localizadas no canal de navegação do porto santista. A empresa Ster apresentou a proposta mais vantajosa na Concorrência Internacional, no valor de R$ 25,5 milhões. Segundo Cristino, essa obra é vital para a continuidade do aprofundamento do canal de navegação e sua execução será antecipada em quase um ano, devido à modernidade do equipamento, um dos melhores do mundo.  A Yuan Dong 007, com 10 sondas de perfuração hidráulica, permite grande velocidade na execução dos serviços.

Além disso, ainda neste primeiro semestre, o casco do navio Ais Giorgis, naufragado há 31 anos, deverá ser retirado por meio da contratação - via processo licitatório gerido pela Companhia Docas do estado de São Paulo (Codesp) - de uma empresa especializada neste tipo de trabalho. Hoje, ele está obstruindo parte do canal de navegação e precisará, portanto, ser removido, para que o resultado final da obra de alargamento não seja comprometido.

www.portodesantos.com.br

www.portosdobrasil.gov.br

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