Em setembro entrará em funcionamento no porto de Itajaí (SC) um scanner móvel, modelo MT 1213 LT, trazido para o Brasil pelo Terminal de Contêineres do Vale do Itajaí (Teconvi). O scanner, fabricado pela empresa chinesa Nuctech, é dotado de um dispositivo de raio-X que permitirá à Receita Federal ter acesso às mercadorias no interior dos contêineres com maior rapidez.
Atualmente, quando um contêiner segue para o canal vermelho, o tempo gasto com a fiscalização varia de 72 a 96 horas, incluindo o posicionamento do contêiner, a desunitização, a armazenagem e a unitização. Com o novo equipamento, a previsão é de que a operação seja realizada em 15 minutos. A checagem das cargas será realizada pela Receita Federal em uma sala no prédio em construção do Teconvi, localizado ao lado do porto.
"Além da maior confiabilidade e agilidade que teremos a partir da utilização deste equipamento, o sistema portuário de Itajaí dará uma resposta mais rápida e com maior qualidade a seus clientes importadores e exportadores. Somada a essa fundamental mudança, estaremos possibilitando um incremento sensível na movimentação de contêineres e na produtividade do porto de Itajaí", afirma Cláudio Daudt, superintendente do Teconvi.
A instalação do scanner está diretamente ligada ao CSI (Conteiner Security Initiative), programa de checagem de contêineres imposto pelos EUA às nações que queiram manter comércio com o país. De acordo com Daudt, essa iniciativa dos EUA deverá ser logo implementada em outros países e continentes: "A Europa, por exemplo, deve introduzir um programa similiar em 2006", acredita ele.
O equipamento virá para o Brasil em regime de arrendamento operacional ou comodato, a ser definido posteriormente entre o Teconvi e a Port Security International (PSI). A PSI é a empresa autorizada pelo governo norte-americano, por meio do Department Homeland Security (DHS), a instrumentalizar a implantação dos scanners nos portos da América do Sul. O contrato inicial é pela permanência do scanner no Brasil por cinco anos.
O Teconvi é uma empresa privada que, por licitação, arrendou parte das instalações do porto de Itajaí. Desde janeiro de 2001, ela tem concessão para atuar como operadora portuária no segmento de contêineres.