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GM inaugura central logística em Suape

Por Redação em 10 de maio de 2010 às 14h39 (atualizado em 18/04/2011 às 16h24)

Projeto inicial da montadora prevê a importação do modelo Agile, fabricado na Argentina, para abastecer regiões Norte e Nordeste

A General Motors do Brasil inaugurou, na última quinta-feira, uma central logística dentro do Complexo Portuário e Industrial de Suape, para receber, armazenar e distribuir carros para 49 concessionárias da rede no Norte e no Nordeste. A princípio, a operação envolve apenas o modelo Chevrolet Agile, fabricado na planta argentina da GM, e cobre 14 dos 16 estados que compõem as duas regiões: Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Roraima, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins, ficando de fora Acre e Rondônia. O transporte marítimo é feito em navio do tipo Ro-Ro da K Line e o pátio de armazenagem, que ocupa uma área de 37 mil metros quadrados, tem capacidade para movimentar 25 mil unidades por ano.

Executivos da montadora afirmam que a ideia de construir uma central logística no Nordeste é acalentada pela empresa há mais de uma década, embora tenha começado a sair do papel há apenas dois anos – foi necessário um ano de planejamento e mais um na execução do projeto. Alguns dos principais fatores que motivaram a iniciativa são a concentração de 40% da população brasileira nessas duas regiões, além do fato de ambas serem campeãs de venda da GM no país. Também pesa a favor, a estrutura oferecida por Suape, um dos melhores portos nacionais para atracação de navios Ro-Ro. O empreendimento custou à GM cerca de R$ 30 milhões, valor que faz parte de um pacote de R$ 5 bilhões a serem investidos até 2012, e estima-se que diminua o transit time dos veículos em cinco dias.

Questões de natureza burocrática foram as maiores dificuldades enfrentadas por todos os envolvidos no projeto e a principal razão de se ter adiado a ideia de importar veículos via Nordeste. “Já em 2002, a GM foi uma das que mais brigou pelo frete único no país, justamente para corrigir uma injustiça: os estados nordestinos chegavam a pagar 10% do valor do carro só de taxa de transporte”, lembrou José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da montadora, acrescentando que as guerras fiscais são as mais difíceis. Eduardo Campos, governador de Pernambuco, também presente à solenidade de inauguração, fez coro com o executivo. “Nada menos do que 17 estados tiveram que entrar em acordo fiscal. Foi uma briga dura, na qual eu tive de interferir diretamente, mas conseguimos viabilizar o projeto”, contou o político, filiado ao PSB.

“Começaremos trazendo dois navios por mês, com quinhentos veículos cada um, absorvendo mão de obra de 200 funcionários por desembarque, em operações que podem acontecer de dia ou à noite. Esse número está dimensionado segundo a demanda atual, mas como ela só tem crescido, acreditamos que esse total deverá ser ajustado em breve”, aposta Edgar Pezzo, vice-presidente de Compras e Supply Chain da GM para o Mercosul. “A produção da fábrica argentina também deverá crescer, graças a uma recente expansão realizada lá. Hoje, ela produz até seis mil unidades mensais, mas entrará em curva ascendente já nos próximos meses”, informa o executivo, que acrescenta que 80% desta produção destina-se ao Brasil.

Os navios que saem da Argentina param no Porto do Rio Grande antes do desembarque final em Suape. Ainda é no estado gaúcho que fica o grosso da produção importada. Segundo Pezzo, dos quase cinco mil véiculos que saem da planta de Rosário todos os meses, mil se destinam ao Norte e Nordeste, mas a estimativa é que esse número vá se equilibrando rapidamente. A GM tem ainda outros planos para a central logística recém-inaugurada: pode ser que já no ano que vem, a unidade esteja recebendo outros modelos da montadora, como o Malibu, o Camaro e a Captiva. Além disso, pode ser que o pátio de Suape passe a fazer parte de uma operação de cabotagem da GM, como forma de substituir boa parte do transporte rodoviário dos carros novos.

As expectativas da GM para o Brasil são as melhores possíveis. “A Indústria Automotiva brasileira alcançou, agora em abril, a marca histórica dos 3,3 milhões de veículos vendidos, o que faz do país o 4º maior mercado, atrás apenas dos Estados Unidos, da China e do Japão”, comemorou Jaime Ardila, presidente da montadora para o Brasil e Mercosul. “A estimativa é que se chegue a 4 milhões até 2012”, projeta. Segundo Ardila, a escolha do modelo Agile se deu graças ao sucesso do carro que, quatro meses depois do lançamento, já começa a bater recordes de venda. A solenidade de inauguração foi encerrada com a expressão de um desejo do governador Eduardo Campos: “Começamos importando, mas queremos em breve poder carregar esse navio com carros feitos pelo povo pernambucano”.

www.chevrolet.com.br

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