Lumina firma aliança com Campos para nova opção de embarque

Acordo facilitará operações de empresas situadas em São Paulo e Rio de Janeiro

Uma aliança estratégica estabelecida entre o operador logístico Campos e a empresa Lumina Terminais de Carga e Logística promete melhorar as operações dos embarcadores localizados nos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. O projeto visa, para as empresas paulistas, disponibilizar como plano de contingência uma alternativa no Porto do Rio de Janeiro para as eventuais perdas de embarque no Porto de Santos e estender o tempo para a preparação dos seus pedidos, enquanto para os embarcadores do Rio de Janeiro a intenção é criar uma alternativa de utilização do aeroporto de Viracopos (SP) como mais uma opção de importação e exportação pelo modal aéreo.

Batizado de “Conexão Rio”, o projeto nasceu quando a Lumina iniciou a prospecção de novas oportunidades de negócio e realizou um trabalho de levantamento do mercado de comércio exterior na cidade de Campinas e no Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo. Como resultado, a empresa vislumbrou a oportunidade de ofertar a estas regiões os seus serviços de terminal retroportuário multimodal e iniciou uma busca por parceiros que pudessem contribuir para o projeto, momento em que a Campos estabeleceu a aliança com a Lumina.

“A aliança entre as duas empresas foi estabelecida para criar uma alternativa operacional e financeiramente viável para os embarcadores na exportação e importação de suas cargas”, explica Marcelo Almeida Alencar, gerente Comercial de Projetos Logísticos da Campos.

Responsável pelas operações do modal rodoviário nesta aliança, a Campos realizará as operações de coleta das mercadorias na região paulista, para posterior envio e disponibilização da carga no terminal da Lumina, no Rio de Janeiro. Já a Lumina está a cargo de toda a tratativa da carga para embarques e desembarques, desde o momento do recebimento da mesma em suas dependências. “À Campos caberá apenas a coleta das mercadorias e disponibilidade das mesmas nas dependências do terminal”, completa Alencar.

Uma das ações executadas pela aliança é a montagem de uma conexão entre a cidade de Macaé (RJ) e o Aeroporto de Viracopos, para carregar os caminhões com saídas para o Rio de Janeiro no retorno a São Paulo, mas as operações não envolvem somente o modal rodoviário: a MRS executará a parte ferroviária e toda e qualquer carga será transportada pela empresa até o desvio ferroviário existente dentro do TRA-RIO (Terminal Retroportuário Multimodal, pertencente à Lumina), que dispõe de acesso rodo e ferroviário e pode realizar qualquer tipo de operação preparatória de embarque, com carga solta ou em contêineres. Esse terminal dispõe de armazéns em uma área de 60.000 metros quadrados e alguns deles já foram disponibilizados ao projeto para a recepção e estocagem da carga.

A opção pelo Porto do Rio de Janeiro, para escapar da movimentação em Santos, não significa que a empresa está entrando em uma disputa entre os dois portos para a realização das operações. “Não se trata de uma opção da Campos, mas sim da sua participação como mais um dos agentes atuantes num projeto desenvolvido pela Lumina. É importante salientarmos que o projeto Conexão não tem como princípio promover uma disputa de mercado entre os portos do Rio e de Santos”, explica Alencar. “Se este fosse o objetivo, nós nem teríamos participado da concorrência, em função do comprometimento que temos com o Porto de Santos”, completa Alencar.

Segundo ele, a diminuição do transit-time ocorrerá em razão das particularidades de cada operação, do volume demandado, das características do produto e até mesmo dos atuais parceiros utilizados pelo embarcador. A expectativa é de uma redução de até 50% no tempo.

Ampliação dos negócios

A filial da Campos no Estado do Rio de Janeiro está sendo estruturada dentro das instalações da Lumina e, segundo Alencar, a aliança firmada com a empresa carioca antecipou a sua abertura: “Inicialmente, estaremos operando com a filial apenas para a emissão de documentos e servindo como apoio às operações da Conexão.”

A Bosch foi o primeiro cliente do CLC, iniciando sua operação com a Campos em maio deste ano e com previsão de uma ocupação em torno de 45% da área útil. São 58.000 metros quadrados de área total, sendo 12.000 metros quadrados de área coberta. O investimento para a abertura do centro foi em torno de R$ 1,8 milhão.

www.campos.com.br
www.luminaterminais.com.br