Terceirização da área de comércio exterior reduziu em 48 horas o desembaraço aduaneiro
Com a terceirização da sua área de comércio exterior iniciada em março do ano passado, a empresa AGA, que produz e comercializa gases industriais e medicinais, conseguiu diminuir em dois dias o desembaraço aduaneiro de mercadorias como cilindros, tanques, gases, peças e equipamentos. Antes da contratação dos serviços da Gefco, operadora logística do Grupo PSA (Peugeot-Citroën), as cargas permaneciam, em média, seis dias presas na alfândega; hoje, são liberadas em cerca de quatro dias, um ganho de aproximadamente 30% em eficiência. O departamento de Comércio Exterior da Gefco do Brasil, por meio da filial de Logística Internacional de São Paulo, responde pelas atividades de importação e exportação.
Em média, são realizados dez embarques mensais de importação pelas vias aérea, marítima e rodoviária. A carga é importada das filiais e fornecedores da AGA na Suécia, Alemanha, Estados Unidos e Suíça, e segue para as unidades da empresa no Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Minas Gerais. As exportações são feitas, em menor volume, para Argentina, Uruguai, Chile e Peru.
“A terceirização do serviço nos trouxe uma redução de custos e aumentou a agilidade em todo processo, desde a chegada da carga até sua retirada na alfândega, e permitiu a rapidez na entrega dentro do prazo estabelecido”, afirma Paula Sandrini, compradora Sênior da AGA. Na verdade, o trabalho da Gefco começa quando a empresa acompanha todo o processo de importação desde a saída da carga no exterior, ou seja, o pick-up no fornecedor da AGA, realiza o transporte internacional, executa a liberação na alfândega no Brasil e faz a logística de entrega rodoviária até o local designado. Em conseqüência desse trabalho, foi possível reduzir o tempo entre a chegada e o desembaraço da mercadoria, com a preparação prévia do processo de importação, e agilizar as operações com a antecipação do valor do numerário, ou seja, a AGA já sabe quanto precisará ter em caixa para realizar o pagamento antes de a mercadoria chegar.
“A liberação de uma mercadoria não é necessariamente o que aparece no porto ou no aeroporto. Anteriormente, a declaração de importação era preparada somente no momento em que a mercadoria chegava, o que dificultava a operação”, explica Angélica Barbosa, diretora de Logística Internacional da Gefco. “Agora, nos preocupamos desde o momento em que a fatura é preparada no exterior, para que seja possível a redução do tempo. Em alguns casos, chegamos inclusive a um ganho superior a 30% em outras operações”, completa a executiva. Para ganhar tempo neste processo, a Gefco elaborou cartilhas para alguns fornecedores da AGA, em diversas línguas, na qual explicava a eles como preparar um embarque para o Brasil, já que cada país tem exigências específicas para importação/exportação.