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Fast&Food assume operações da Luft Food Service

Com o acordo, faturamento deve chegar a R$ 850 milhões ao final deste ano
Por Redação em 29 de maio de 2014 às 9h38

A Fast&Food, operador logístico que atua no segmento de food service, anuncia que assumiu as operações da Luft Food Service, antiga unidade de negócios do Grupo Luft. De acordo com o diretor da empresa Ricardo Nishikawa, o objetivo é aproveitar as sinergias a fim de diminuir custos para os clientes. Com o acordo, o faturamento deve chegar, ao final deste ano, R$ 850 milhões, sendo R$ 200 milhões provenientes das operações da Luft Food Service.

Para obter este resultado, algumas iniciativas já estão em prática. O executivo conta que uma das ações é gerar relatórios de entrega eletronicamente. Anteriormente, havia um volume grande de papel, o que gerava morosidade. “Auditamos 100% de nossas entregas, mas demorávamos cerca de 40 dias para entregar o relatório consolidado para os clientes. Agora, esse trabalho é semanal”, diz o executivo.

As movimentações junto a um novo nicho também geram uma expectativa otimista no diretor, mesmo com a complexidade operacional. “Começamos a operar com produtos naturais. Eles demandam um picking muito bem estruturado, pois possuem um grande número de itens, cerca de 3.500, com entregas bastante fracionadas”, explica.

Cenário

Ao assumir as operações da Luft Food Service, a Fast&Food amplia sua presença física no mercado. Nishikawa revela, por exemplo, que o número de pontos de venda atendidos salta de 3.400 para 4.200, com a base de clientes saindo de 18 para 23. A frota para este abastecimento chega a 262 veículos. Antes, eram 240 ativos aplicados na distribuição. Todo o gerenciamento dos veículos fica sob responsabilidade da Fast&Food.

Já o volume de entregas, que anteriormente era de 20 mil, passa para 25,4 mil por mês. “Atendemos o Brasil todo no mínimo uma vez por semana. Nas principais capitais, chegamos a duas vezes”, garante. A infraestrutura também é reforçada, já que a Fast&Food agrega ao seu parque operacional, composto pelas unidades de Jundiaí (SP), Brasília, Salvador e Maceió, o centro de distribuição pertencente à Luft no Rio de Janeiro. A área total para movimentações ganha mais 5 mil metros quadrados, atingindo 59 mil m².

Nishikawa ressalta, porém, que o grande diferencial fica por conta dos serviços agregados. Além da entrega de produtos, a companhia realiza pesquisas de mercado para entender o consumo tanto de seu cliente quanto do concorrente, investe em treinamento a fim de ensinar aos funcionários das lojas a forma correta de manipular os itens entregues e desenvolve produtos junto aos clientes. “Operamos de fato no mercado de food service”, afirma.

Prestação de serviço

A afirmação do executivo é ratificada pelos diferentes tipos de serviço que a companhia disponibiliza. Daniela Pailo Saito, que atua na área de Novos Negócios da Fast&Food, dá um exemplo. “Recebemos dos fornecedores os produtos pré-embalados para enviar às lojas, realizamos o fracionamento destas cargas e as acondicionamos em embalagens menores”, diz. De acordo com a executiva, este trabalho é necessário uma vez que a empresa realiza diversas entregas para o mesmo ponto de venda durante a semana.

“Nossos clientes estão localizados dentro de shoppings e há restrições no descarregamento”, resume. Além disso, continua, a companhia demonstra que vale a pena manter um estoque reduzido nas lojas, pois o aluguel de áreas em shoppings é muito alto. “Somos conhecidos por ter flexibilidade. Mostramos as diferentes opções de envio. Cada rede é diferente, então vamos ao mercado para entender o que ele precisa, de que forma devemos proceder e que tipo de produto entregar”, ressalta.

De acordo com Daniela, a companhia hoje trabalha com a montagem de refeições prontas para o consumo. Estes kits são constituídos de arroz, feijão, uma mistura (proteína) e uma guarnição. “Nossa demanda é de 12 mil kits por mês”, calcula. Para manter a qualidade, as entregas são monitoradas por meio de relatórios. “Cada etapa do processo, desde o recebimento dos insumos, passando pela manipulação, armazenamento e transporte, é rastreada”, ressalta.

Daniela conta que a Fast&Food opera com cerca de 4 mil itens diferentes. Isso é possível, pois a empresa tem um trabalho contínuo de desenvolvimento de fornecedores e produtos. Fato curioso, relacionado a esta estratégia, é a empresa manter em suas dependências uma cozinha industrial. “Ela simula uma loja, com todos os equipamentos, para que nossos clientes e fornecedores a utilizem. Temos técnicos que os auxiliam e não cobramos nada por isso. Este trabalho colabora na padronização dos itens comercializados nos diferentes pontos de venda,” destaca.

Ao todo, 80 colaboradores atuam na cozinha industrial, que conta com uma área total de 2.600 m², sendo metade do espaço destinada ao processamento e a outra utilizada para o armazenamento de produtos acabados. Hoje, a estrutura disponibiliza ao mercado 70 itens e a executiva explica que cada um tem sua formulação exclusiva. “Realizamos tanto o processamento de mistura de ingredientes e cocção quanto o fracionamento de uma embalagem institucional para uma individualizada”, afirma.

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