Ubifrance lança missão econômica no Brasil

Agência de desenvolvimento ligada ao ministério francês da Economia e da Indústria promove Ano da França no Brasil

Dando seqüência à parceria estratégica estabelecida em 2005, quando foi realizado o Ano do Brasil na França, acontece, entre 21 de abril e 15 de novembro, o Ano da França no Brasil. A iniciativa visa estreitar relações bilaterais entre ambos os países e promover negócios nos mais diversos setores do mercado. “Nosso objetivo é atrair cerca de 1.000 empresas francesas para esse intercâmbio comercial, pelo menos 450 delas em missões econômicas bem personalizadas. Com todos os encontros e ações programadas ao longo do ano, esperamos aumentar em 13% as exportações francesas para o Brasil”, afirma Dominique Mauppin, chefe da Missão Econômica da França em São Paulo e correspondente da Ubifrance em São Paulo.

“Há quatro anos, o evento de promoção do Brasil na França mobilizou mais de 15 milhões de pessoas o que equivale a de um quarto da população francesa”, compara Mauppin. Mesmo tendo sido mais cultural do que econômica, a ocasião tanto aqueceu os negócios entre as nações que rendeu ao Brasil US$ 450 milhões em exportações para o país europeu. O objetivo é aquecer ainda mais um fluxo comercial que só no ano passado alcançou 7.5 milhões de euros. “O Brasil é o principal parceiro francês na América Latina, representando 36% dos negócios franceses na região. É também o primeiro emergente, entre os 25 mercados prioritários para a França”, contextualiza.

“Quem está mal-informado, acha que o Brasil é um país em desenvolvimento naquele sentido antigo. Esses investidores em potencial precisam conhecer as empresas brasileiras, ver de perto as fábricas, para ter a dimensão de quanto elas produzem, e em avançadas condições tecnológicas”, diz o correspondente da Ubifrance, acrescentando que a Indústria corresponde a 28% do PIB nacional, mas que as fragilidades estruturais podem significar um gargalo. “Para viabilizar o comércio entre os dois países, será necessário cuidarmos da logística, da infra-estrutura e dos transportes”. Haverá representantes das Missões Econômicas Francesas em importantes eventos do setor, como a Intermodal, e ainda a promoção de exposições e seminários sobre o assunto.

As autoridades econômicas francesas estão particularmente confiantes na escolha do Brasil como mercado prioritário. “Investimentos que estavam programados para ir para a Ásia e para a Rússia estão sendo desviados para o Brasil, país que está sofrendo muito menos com os efeitos da crise mundial”, informa Eric Fajole, chefe da Missão Econômica da França no Rio de Janeiro. Mauppin, seu colega em São Paulo, conclui: “Aqui teremos muito mais oportunidades de negócios do que na Europa ou nos Estados Unidos. Sabemos que o Brasil terá um crescimento pequeno em 2009, de 0,5% a 1,5% no ano; mas já é melhor do que zero ou -2%”.

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