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Águia apresenta nova tecnologia para transportadores automáticos

Denominado Pulse Roller, sistema de roletes acionados traz economia de energia e simplicidade na operação e na manutenção
Por Redação em 15 de julho de 2015 às 14h40 (atualizado às 16h04)

A Águia Sistemas, fornecedora de equipamentos de movimentação e armazenagem de materiais para os segmentos logístico e industrial, anunciou na CeMat South America uma nova tecnologia para sistemas de movimentação automatizados, chamada Pulse Roller. A novidade veio como resultado da joint venture da fabricante brasileira com as empresas Kyowa, do Japão, Industrial Software, da Bulgária, e Insight Automation, dos Estados Unidos, que prevê transferência de tecnologia. “Pelo ac

Águia apresenta nova tecnologia para transportadores automáticos
ordo, a Águia detém a exclusividade da comercialização do Pulse Roller em todo o Brasil e nas Américas do Sul e Central, podendo vendê-lo inclusive para concorrentes”, explica o diretor-presidente da empresa, Rogério Scheffer.

O Pulse Roller é composto por rolos acionados de baixa tensão (24 Volts) de corrente contínua, que podem ser aplicados a transportadores de rolete ou de lona, e que a Águia vem incorporando a várias de suas soluções em substituição aos sistemas tradicionais, com vantagens.

“O sistema tradicional é composto por motor elétrico, redutor e sistema de transmissão com correias, que fazem os roletes girar continuamente. No Pulse Roller, tudo isso foi substituído por motores que são colocados dentro do tubo do rolete, tendo vários roletes acionados entre os não acionados em quantidade adaptada a cada necessidade”, explica Scheffer. Os roletes motorizados possuem um sistema de transmissão por correia, ligando-os aos demais roletes e transmitindo o torque e a rotação do motor sem atrito e sem perda de carga.

O comando dos motores é feito por meio de uma placa que, em casos mais simples, não necessita de comandos adicionais. “Apenas em sistemas mais sofisticados ela pode necessitar de uma inteligência maior e ser associada a outros dispositivos. Mas, na maioria dos casos, a placa resolve sozinha”, diz o executivo.

Segundo ele, o sistema tem como vantagens o baixíssimo consumo de energia em comparação aos sistemas tradicionais e baixa emissão de ruídos, o que vem ao encontro da busca por armazéns mais “verdes”. A manutenção também é bem simples. Os motores recebem uma carga muito baixa de tensão e apresentam poucos problemas, são seguros de operar e é possível fazer toda a parte preventiva de forma remota. Existe na Águia um supervisório, como se fosse um centro de controle operacional, que tem a visão de todas as instalações que possuem o sistema, motor por motor. Com base em parâmetros pré-estabelecido, este controle detecta quais motores estão em vias de apresentar problemas e previne a situação, agindo para substitui-los.

“E, diferentemente de um sistema tradicional, a substituição é muito fácil. Uma só pessoa é capaz de fazer. Além disso, o Pulse Roller está dentro das normas NR 10 e NR 12, então tem os requisitos de segurança muito bem atendidos”, ressalta Scheffer. De acordo com ele, a qualidade é testada por uma máquina que examina cada motor e testa o torque, a amperagem, a velocidade e a curva de aceleração e desaceleração, enviando os parâmetros para o Japão para aprovação.

A Águia já utilizava o Pulse Roller para sistemas transportadores de caixas e vem cada vez mais utilizando o sistema para resolver todas as soluções possíveis de movimentação. “No sistema de transporte de caixas, é preciso evitar que elas façam pressão sobre as outras o que é um dificultador para as zonas de acúmulo, pois é preciso algum dispositivo mecânico ou pneumático que pare as caixas a uma certa distância entre si. Com o Pulse Roller, o sistema e seccionado em zonas de acionamento em que os próprios roletes motorizados executam a função de parar ou mover a caixa, e isto gera uma produtividade e um ganho de aproveitamento de espaço ao longo do transportador”, explica Scheffer, dizendo que o dispositivo pode ser utilizado com lona, em inclinações, em curvas, subidas ou descidas e em mecanismos de empurrar ou levantar.

Seguindo a filosofia de aplicar o Pulse Roller a todas as soluções, a Águia desenvolveu, junto com as três parceiras, o XY-Flow, um sistema dinâmico horizontal acionado para paletes que é uma alternativa para locais onde não é possível ter a inclinação exigida pelos sistemas dinâmicos tradicionais, permitindo aumentar a densidade de armazenagem. “O equipamento funciona dentro do mesmo sistema de acúmulo de paletes, servindo para um simples transporte ou para armazenagem e respeitando o princípio do primeiro que entra ser o primeiro que sai (FIFO). Esta é uma solução que não existe em nível mundial”, garante Rogério Scheffer.

Ele explica que no XY-Flow é aplicado um Pulse Roller praticamente a cada posição-palete. Os roletes acionados fazem um pequeno movimento a cada cinco segundos e conseguem detectar se existe carga sobre eles. Se não houver, a amperagem permance a mesma e o rolete não gira. Caso detecte o peso, o sistema faz o rolete rodar e, quando a carga é transferida para outro rolete motorizado, o anterior para automaticamente e assim ocorre sucessivamente. Dessa forma, o palete anda com um gasto mínimo de energia e não se choca com os demais, formando as zonas de acúmulo com segurança.

“É um sistema muito mais simples que o tradicional, com um uso extremamente racional de energia”, afirma o executivo. “E, pelo fato de um palete chegar muito perto do outro e preencher todos os espaços, a utilização não se resume ao transporte; o XY-Flow pode funcionar como buffer de carga nas docas, como um sistema de armazenagem extremamente compacto, como ligação entre áreas de produção e armazenagem, como sistema para armazenamento de um grande número do mesmo item, entre outras aplicações. Com ele, é possível operar em alturas maiores que um transelevador e ter comprimentos muito maiores que um sistema dinâmico tradicional, já que ele dispensa a inclinação, que causa limitação de espaço”.

Segundo Scheffer, o XY-Flow já está disponível e seu principal limitador, que seria o preço mais elevado que o de um transportador por gravidade, foi solucionado com a nacionalização de 80% do equipamento, permitindo o uso de Finame e tempo de entrega mais curto devido ao menor número de peças. “Para dar uma ideia, no sistema convencional são aplicados cerca de 1.200 itens, e no XY-Flow apenas 200. Então tudo ficou mais simples e rápido. Estamos muito entusiasmados com este desenvolvimento”.

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