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Nova unidade da Cragea prioriza intermodalidade

Por Redação em 28 de janeiro de 2005 às 17h11 (atualizado em 29/04/2011 às 16h06)

  Fotos: Jarbas Moura Rosa/PMSJC

   Visando aproveitar o crescimento da região de São José dos Campos (SP), o segundo pólo econômico do Estado depois da capital, o grupo Cragea (Companhia Regional de Armazéns e Entrepostos Aduaneiros) inaugurou ontem, 27/01, seu novo terminal intermodal, no bairro de Eugênio de Melo. Com investimentos de R$ 17 milhões feitos com capital próprio, o terminal tem área construída de 7 mil m2, num terreno de 500 mil m2, servido por um ramal ferroviário de 2 km, construído pela MRS, que leva o trem para o lado do CD.

Nova unidade da Cragea prioriza intermodalidade

Cerimonia de inauguração

   De acordo com Mauro Shiguemi Yoshita, diretor-presidente do Grupo Cragea, a idéia com o terminal é reduzir os custos de transporte usando a ferrovia, aproximando as empresas da região dos portos de Santos (SP), Rio de Janeiro e Sepetiba (RJ). O foco são as cargas gerais conteinerizadas de importação e exportação e, futuramente, o granel sólido, principalmente bobinas e chapas. A empresa espera movimentar, a princípio, mil contêineres por mês. O terminal irá gerar 40 empregos diretos e cerca de 300 indiretos.

   "Nosso alvo principal são clientes que não atuam conosco na unidade de Suzano (SP) e que podem vir a atuar agora. As cargas principais do terminal serão componentes automotivos, monitores, produtos farmacêuticos, filmes e chapas de aço", adiantou Yoshita.

   Para o prefeito de São José, Eduardo Cury, presente à cerimônia de inauguração, o terminal é mais um sinal da importância da região dentro do cenário econômico nacional. "Investimentos como este, aliados à duplicação da rodovia dos Tamoios e do Porto de São Sebastião – anunciados recentemente pelo Governo do Estado, trazem maior competitividade para a cidade e região. Temos aqui grandes exportadores, como a Embraer, por exemplo, mas que importam muitos componentes também, daí a importância de uma empresa como a Cragea", afirmou o prefeito.

   Já para o deputado Delfim Neto, também presente na festa, a globalização é uma tendência mundial e terminais como este ajudam a região a se inserir no contexto mundial de forma eficiente, com menores custos e maior produtividade e atraindo novos investimentos para a região. "O panorama local vai mudar. As implicações macro-econômicas de uma iniciativa como esta são muito maiores do que podemos supor", disse o ex-ministro da Fazenda.

   Além de Suzano, a Cragea opera mais dois terminais no interior paulista, em Itaquaquecetuba e Ribeirão Preto, além de unidades operacionais no porto de Santos e nos aeroportos de Guarulhos e Viracopos e uma sede na capital paulista.

Nova unidade da Cragea prioriza intermodalidade

   A MRS Logística opera o ramal ferroviário que serve o terminal e já era parceira da Cragea nas outras unidades da empresa. "Essa parceria é inevitável. O trem é o meio e necessita de parceiros nas pontas da cadeia. Atendemos aos portos de Santos e Sepetiba, o que vem ao encontro das necessidades da Cragea", afirmou Júlio Fontana Neto, presidente da MRS Logística. Segundo ele, as cargas conteinerizadas são uma tendência na ferrovia, uma vez que aumentam a velocidade das operações de carga e descarga, melhorando a produtividade. "O trem fica parado menos tempo", resumiu o presidente.

   Já para o gerente Comercial e de Logística da Cragea, Carlos Nakata, o Brasil sofre com o estrangulamento da logística, prejudicando o fluxo das cargas . Neste ponto, o terminal multimodal é uma solução que otimiza o trem e o caminhão, reduz custos e ainda tem reflexos ecológicos positivos, pois reduz o número de caminhões nas estradas. "Há muito a ferrovia deixou de ser vista como concorrente do rodoviário. As duas podem se complementar", acredita.

   Hoje, o terminal possui cerca de 150 mil m2 para armazenagem de contêineres e picking, sendo equipado com dois top loaders, para movimentação de contêineres e seis empilhadeiras para a movimentação interna. O terminal possui docas niveladas para caminhões de um lado, e outras para o recebimento e expedição de cargas para a ferrovia, do outro.

   Ao contrário das outras unidades da Cragea, este terminal ainda não é alfandegado. "As cargas que necessitarem desse regime poderão ir para nossos outros terminais. Operamos com vários regimes especiais na importação e exportação, facilitando os trâmites para o cliente", explicou Nakata. Futuramente, a intenção da Cragea é transformar também este terminal em um porto seco, se houver necessidade e as licitações para isso forem aberta

www.cragea.com

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