Complexo portuário movimentou US$ 9,05 bilhões nos primeiros nove meses
A movimentação financeira no Complexo Portuário do Itajaí-Açu, computada até o mês de setembro, já ultrapassou os valores do ano de 2007. Os números divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam uma movimentação total de US$ 9,05 bilhões até o nono mês de 2008. Durante todo o ano de 2007 o total chegou a US$ 8,92 bilhões.
As importações foram o principal fator do crescimento. Durante o período o incremento, em comparação com o ano de 2007, chegou a 22,45%. No total, a indústria brasileira importou por meio do Complexo Portuário do Itajaí-Açu US$ 3,10 bilhões.
Vários estados optaram por escoar seus produtos por este porto. O Espírito Santo, por exemplo, registrou o maior aumento nas negociações com países estrangeiros. As compras do estado, entre janeiro e setembro de 2008, totalizaram US$ 8,87 milhões, um crescimento de 917,61% frente aos US$ 871,74 mil negociados durante todo o ano de 2007.
O molibdênio representou 94,28% das importações do Espírito Santo. O minério é comumente usado na siderurgia para a fabricação de ligas metálicas de alta resistência para suportar temperaturas elevadas. Sua aplicação se destina ao uso como catalisador na indústria petroquímica, para eliminação do enxofre, e na construção de peças para aviões e automóveis.
Já indústria mato-grossense apostou nas compras de etileno como matéria-prima, por meio deste porto. Metade dos US$ 7,26 milhões foi equivalente ao insumo. O incremento total do Mato Grosso nas importações pelo complexo catarinense foi de 217,16%.
O estado de Santa Catarina representou, nos nove primeiros meses do ano, 92,76% do total importado por Itajaí. Os US$ 2,88 bilhões movimentados em 2008 representaram um incremento de 23,58% ante os US$ 2,33 bilhões computados durante todo o ano de 2007.
Na avaliação do diretor comercial do Porto Municipal de Itajaí, Zenaldo Feuser, os números tendem a se manter apesar da flutuação cambial. “As estatísticas mostram que o final do ano é o período de maior movimentação nas importações. Acreditamos que, mesmo com a flutuação do dólar, as importações continuarão em alta neste período”, explica.
Na opinião do superintendente do porto catarinense, Arnaldo Schmitt, o momento vivido na região tende a se estender. “Hoje temos uma configuração diferente na atividade portuária. Com a entrada em operação de vários terminais privados vivemos o nascimento do complexo portuário. Este complexo tem que ser entendido como um todo para que o crescimento da economia da nossa região seja sempre pujante”, comenta .