O Terminal de Cargas (Teca) do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), recebeu na manhã de hoje, dia 16 de outubro, uma elefanta vinda de Rancagua, no Chile. Trata-se do primeiro animal da espécie a passar pelo terminal aéreo, que ao longo de seus 59 anos de história já recebeu girafas, cangurus, baleias, onças e até uma boiada com mais de 200 cabeças de gado.
Depois de quase três horas de voo em um Boeing 744, a elefanta chamada Ramba vai descansar e se alimentar, antes de seguir outra viagem ainda mais longa por via terrestre, em uma carreta, em direção ao Santuário de Elefantes do Brasil (SEB), que fica na Chapada dos Guimarães (MT).
A operação especial preparada pelo Aeroporto de Viracopos visa prover toda a segurança, agilidade e eficiência à operação de desembarque do animal, que contou com uma equipe composta por 30 pessoas. Foram usados diversos equipamentos, como guindaste para até 30 toneladas, empilhadeiras, dolly e trator pushback.
De acordo com o diretor de Operações de Viracopos, Marcelo Mota, esse tipo de operação é um grande desafio, mas o aeroporto conta com a expertise necessária para agir com eficiência, segurança e agilidade. “Não é à toa que Viracopos recebeu, no ano passado, o título de Melhor Aeroporto de Carga do Mundo em sua categoria”, completa.
A Ramba é uma elefanta asiática adulta, tem aproximadamente 53 anos, pesa cerca de 3,6 toneladas e sofreu inúmeros maus-tratos durante sua vida. Ela receberá um novo lar no Brasil em um habitat para fêmeas asiáticas no SEB, onde já vivem as elefantas Maia e Rana, graças a uma parceria entre o Global Sanctuary for Elephants (GSE) e a organização Ecópolis do Chile.
O SEB é um organismo independente e sem fins lucrativos voltado para a recuperação e o tratamento de elefantes resgatados de cativeiro. Há seis anos instalados no Brasil, desde julho de 2018 é presidido por Scott Blais, uma das maiores autoridades em elefantes do mundo, e sua esposa, Katherine Blais, que têm dedicado sua vida ao objetivo de resgatar e cuidar de elefantes em situação de risco na América do Sul.