A LLX concluiu, no último dia 10 de outubro, as negociações junto ao Grupo EIG que, por meio de seus fundos de investimento, passou a controlar a companhia, a partir do dia 14 de outubro. A negociação com a empresa norte-americana, que não teve valores divulgados, foi iniciada em agosto deste ano e concluída um mês depois, com a assinatura de um acordo definitivo de investimentos.
O CEO do Grupo EIG, Blair Thomas, comemorou a concretização do negócio dizendo que o Superporto do Açu (RJ), um dos empreendimentos da LLX, é um ativo único que irá atrair investimentos nacionais e internacionais. “Com sua localização privilegiada, o terminal irá desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento das reservas de energia e recursos minerais do Brasil”, diz.
Marcus Berto, CEO da LLX, por sua vez, ressaltou que a conclusão do acordo demonstra que ativos como o Superporto são capazes de atrair para o país grupos internacionais para investir no setor de infraestrutura, elevando a logística brasileira para outro padrão de eficiência. “Este investimento do Grupo EIG, junto com o suporte financeiro de bancos privados nacionais e estrangeiros, colocará a LLX como um grande player de logística no mercado mundial”, garante.
Nesse contexto, o executivo divulgou a assinatura de um compromisso de um novo financiamento no valor de R$ 900 milhões junto aos bancos Santander e Bradesco pelo prazo de 18 meses. Além disso, Berto anunciou a rolagem por três anos das duas parcelas do financiamento com o Banco Bradesco. A primeira, no valor de R$ 345 milhões, venceria em fevereiro de 2014 e a segunda, de R$ 467 milhões, em outubro do mesmo ano.
Outros aspectos cercam assinatura do contrato com o Grupo EIG, como a alienação de 30% da LLX Açu, atualmente detida pela Centennial – companhia administrada por Eike Batista –, que passará a ser controlada integralmente, ainda sem data definida, pela LLX. O documento firmado junto à empresa norte-americana também prevê a alienação para a LLX da participação de 50% detida pelo Grupo EBX na NFX Combustíveis Marítimos, joint-venture com o Grupo BP.
Capital
Na ocasião da assinatura do contrato com a EIG, a LLX também divulgou o início da operação de aumento de capital da companhia, no valor de R$ 1,3 bilhão, com ações emitidas a R$ 1,20.
O Grupo EIG irá subscrever a totalidade das ações que podem ser subscrita pelo acionista controlador, que cederá gratuitamente seu direito de preferência. O grupo americano se comprometeu, ainda, a subscrever a totalidade das ações não subscritas pelos acionistas minoritários, até o limite total de subscrição no montante de R$ 1,3 bilhão.