Os equipamentos deverão ser entregues até o final deste ano. De acordo com o diretor-executivo de logística da empresa, Guilherme Laager, os investimentos em infra-estrutura serão realizados pelo governo federal, por intermédio da destinação da parte da arrecadação da Contribuição Sobre o Domínio Econômico (Cide), conforme prevê o edital de privatização das ferrovias nacionais.
Segundo a empresa, as dificuldades de tráfego pedem investimentos de R$ 300 milhões somente nesse trecho, até 2006. Porém, o Plano Plurianual para o próximo ano prevê a liberação de apenas R$ 45 milhões para toda a malha ferroviária do país. Guilherme Laager alerta que se os investimentos não forem feitos, o trecho da Serra do Tigre pára.
Diariamente, 11 trens carregados trafegam por dia naquele trecho, e a velocidade média chega a 10 quilômetros por hora, quando no restante da linha a velocidade chega a 50 a 60 quilômetros por hora. Jayme Nicolato, diretor de operações logísticas da CVRD informa que no trecho a capacidade produtiva é até dez vezes menor que de outros administrados pela FCA.
Ele declara que esse ano a Vale fez um investimentos em infra-estrutura no trecho, como a troca de 600 mil dormentes e 60 mil toneladas de trilhos. A Ferrovia Centro-Atlântica tem 7.080 quilômetros de extensão, corta sete estados, 400 locomotivadas e 10 mil vagões. Movimentou no ano passado 8,6 bilhões de toneladas quilômetros úteis (tku) de carga geral. Sua principal carga são produtos siderúrgicos, ferro gusa, grãos e cimento.
A FCA se liga com outras ferrovias: EFVM, MRS, Ferroban e CFN. De todo o transporte ferroviário de carga realizado no Brasil, a Companhia Vale do Rio Doce possui 60%. É a administradora da FCA, a Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) e a Estrada de Ferro Carajás (EFC).
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Fonte: Gazeta Mercantil