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Produção local de caminhão aumenta participação da Agrale na Argentina

Por Redação em 13 de outubro de 2009 às 15h00 (atualizado em 14/04/2011 às 16h20)

Modelo, produzido desde agosto, é o 6.500 RD E-mec, com PBT de 8 mil kg

Desde o último mês de agosto, a fabricante brasileira Agrale vem produzindo caminhões em sua planta localizada em Mercedes, na Argentina. Inaugurada em outubro de 2008, a unidade já fazia a montagem de chassis de ônibus para atendimento do mercado local, onde a Agrale detém 30% deste segmento.

O Agrale 7.500 RD E-mec, modelo produzido na unidade, tem capacidade para 9 mil kg de PBT (Peso Bruto Total) e vem ao encontro das necessidades do mercado local, que é fortemente centrado em modelos leves.

A fábrica tem capacidade para produzir até cem unidades por mês e a previsão é fechar o ano com mil unidades produzidas, com a introdução da linha de caminhões. De acordo com Hugo Zattera, diretor-presidente da Agrale, “a produção começa pequena e vai crescendo de acordo com a demanda”, disse, sem precisar o total de unidades já produzidas do caminhão. “A Argentina passa por um momento difícil, tanto pela crise internacional quanto pelas dificuldades internas, mas tem sido um bom mercado para a Agrale. Crises são cíclicas e acreditamos que a produção local dará mais confiança ao consumidor, pois está mais próxima dele e emprega uma parte considerável de componentes locais”, complementou Zattera.

Ele explica que a legislação argentina referente à nacionalização de veículos é um pouco diferente da brasileira, uma vez que lá são exigidos 60% de componentes regionais – no Mercosul – com um mínimo de 5% de peças locais. “Nós superamos todas estas exigências; nosso caminhão, por exemplo, tem 100% de componentes regionais. E isto é importante para o consumidor argentino”, destaca.

O diretor-presidente informa que a intenção da empresa é replicar na Argentina toda a linha de produtos da Agrale Brasil, principalmente chassis e caminhões, desde que tenham demanda no mercado local, o que não ocorre em todos os modelos.

Localizada a 90 km de Buenos Aires, a planta de Mercedes irá atender ao mercado argentino e também servirá de base exportadora para outros países. Ela possui 200 mil metros quadrados de área total, com 11 mil metros quadrados de área construída.

A Agrale está presente no mercado argentino há 35 anos Através da Agrale Argentina S/A, tem boa participação nos segmentos de caminhões leves e chassis midi. A subsidiária tem cobertura nacional, com uma rede própria para venda e pós-venda de cerca de 14 distribuidores, cada um com mais de um ponto de venda. A Agrale Argentina é a responsável direta pela comercialização e distribuição da linha de produtos importados do Brasil, composta de veículos, tratores e motores, e também ficará a cargo da exportação dos veículos e chassis produzidos na unidade de Mercedes.

Otimismo moderado

Com relação à performance da Agrale no Brasil, Zattera disse que a empresa sofreu quedas em 2009, que ficaram dentro da média do setor, um dos mais atingidos pela crise financeira mundial, principalmente o segmento de caminhões e ônibus. “Os incentivos fiscais concedidos pelo governo ajudaram muito a indústria de automóveis, mas o mesmo não aconteceu em nosso segmento. A produção caiu enormemente, mas já começa a dar indícios de recuperação. Baixamos dentro da média, mas ainda estamos muito acima dos números de 2007, uma vez que, em 2008, crescemos mais de 58%. Para 2009, prevemos fechar em cerca de 20% abaixo do ano passado”, informou.

Para 2010, ele diz estar moderadamente otimista, e acredita que o mercado irá crescer em torno de 15% a 20%, comparado a 2009. “Estamos afinando nossas previsões, analisando tendências e acho que este índice não é exagerado. O Brasil não sentiu tanto a crise como alguns mercados de primeiro mundo e também está se recuperando mais rapidamente. Claro que não tenho bola de cristal e nem os economistas conseguem prever com exatidão o futuro. Mas estamos otimistas”.

www.agrale.com.br

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