Ainda em fase de validação, modelo DH10 oferece robustez para operar em locais difíceis e utiliza transmissão hidráulica, tecnologia inédita no Brasil
A Transnordestina Logística, que desde a privatização da ferrovia, em 1998, é operada pela CSN – Companhia Siderúrgica Nacional, está testando uma nova locomotiva que promete maior resistência especialmente em terrenos difíceis, como o trecho entre o Cabo e o Porto Real do Colégio, atualmente em recuperação. Desenvolvido pela Amsted Maxion, o equipamento utiliza transmissão diesel hidráulica, tecnologia inédita no Brasil, onde opera-se exclusivamente com sistema diesel elétrico.
A diferença entre ambos os sistemas é que, no DH o motor diesel impulsiona a bomba hidráulica que, por sua vez, transfere o movimento diretamente para as rodas, eliminando a necessidade de grupo gerador e motores de tração, fundamentais no DE. Com potência de 1.340 HP e força de 26.000 kgf, a locomotiva DH10 é ideal para serviços gerais de linha em que os requisitos sejam simplicidade de operação e robustez, além de confiabilidade, durabilidade e manutenção mínima.
Embora ainda estejam em fase inicial, os testes têm confirmado os parâmetros do projeto, que incluem menor consumo de combustível, maior capacidade de tração e menor emissão de gases poluentes na atmosfera. O trecho em que a DH10 deverá ser empregada já teve dormentes, trilho e brita reformados e as obras de terraplenagem começaram este mês. As operações de avaliação do equipamento devem durar até dezembro e, a se confirmarem os bons resultados, a locomotiva poderá ser utilizada efetivamente na ferrovia.