Objetivo é reforçar a presença no setor farmacêutico e ampliar a área de armazenagem
A Gat Logística iniciou, neste segundo semestre, seu planejamento para o ano de 2010. Entre as ações, destaque para os investimentos no sentido de reforçar a movimentação de matérias-primas para o segmento farmacêutico. O diretor Comercial da empresa, Anderson Moraes, informa que atualmente este setor, juntamente com uma pequena parcela de carga geral fracionada, representa 20% das operações na companhia, com lubrificantes e produtos químicos respondendo pelos 80% restantes.
Moraes é otimista quanto à estratégia e confirma a ideia da Gat de ampliar a armazenagem destes itens, graças ao crescimento vislumbrado neste setor. Hoje, diz, a empresa opera com dois parceiros do segmento farmacêutico, que ocupam 3 mil metros quadrados e duas mil posições-palete no atual CD da companhia, que possui, ao todo, 14 mil metros quadrados e 9 mil posições-palete. O restante do espaço – 11 mil metros quadrados e 7 mil posições-palete – é ocupado por lubrificantes e produtos químicos.
“Estamos buscando clientes nesta linha e sentimos uma boa aceitação. É um segmento que pouco explorávamos, mas ao qual, agora, vamos nos dedicar”, anuncia. A movimentação atual é de mil toneladas mensais.
A infraestrutura para suportar o possível crescimento das operações já foi pensada. “Vamos preparar um novo CD – que terá 8 mil metros quadrados e 9 mil posições-palete – para trabalhar com mais ênfase o segmento farmacêutico”, frisa. No local, serão instalados um piso específico e entradas de ar, algumas das exigências para a operação com matérias-primas destinadas ao segmento farmacêutico. “Após a ampliação, poderemos atender até seis parceiros, mas não queremos aumentar muito este número”, salienta. O investimento nas melhorias está orçado em R$ 2,5 milhões.
O executivo lembra que a ampliação não é um investimento da Gat e sim do proprietário do condomínio locado pela empresa. “Nossa intenção é fazer com que, após a ampliação, 50% de nossa área total sejam ocupados por lubrificantes e químicos e, o restante, pelos produtos do segmento farmacêutico e carga geral fracionada”, define.
Cenário
Apesar de já planejar 2010, Moraes ainda foca o trabalho neste ano. “Passamos por um momento turbulento desde o mês de novembro de 2008, devido à crise. Para nós, os dois primeiros meses deste ano foram difíceis, mas passamos por esse momento e agora a tendência é recuperar”, avalia. Dados da empresa dão conta de que, em janeiro e fevereiro, a empresa movimentou seis mil toneladas mensais.
Os números obtidos após o primeiro bimestre reforçam o otimismo do diretor comercial. “De março a agosto, manipulamos uma média de sete mil toneladas por mês”, calcula. Quanto ao faturamento, a empresa computa no período R$ 3,2 milhões mensais.
Algumas iniciativas contribuíram para a retomada. Moraes destaca, por exemplo, o investimento de R$ 2 milhões na aquisição de dez equipamentos – caminhões semipesados – a fim de ampliar a frota. Agora, a companhia conta com 58 veículos próprios, além dos 70 agregados.
Para o final do ano, o objetivo é fechar com crescimento entre 8% e 12% no faturamento frente a 2008, ano em que a empresa contabilizou R$ 36 milhões de lucro. “O mercado está se movimentando novamente e alguns clientes que tinham segurado alguns projetos já os estão retomando. O mercado voltou a se mexer”, comemora.