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Ceva anuncia reestruturação regional

Por Redação em 22 de maio de 2009 às 10h48 (atualizado em 19/04/2011 às 12h24)

Empresa dividirá mercado brasileiro do restante da região e focará em quatro segmentos principais

Um dos maiores provedores de logística atuantes no mercado brasileiro, a Ceva Logistics anunciou ontem sua nova estrutura regional, como resultado da finalização do processo de aquisição, em 2007, da Eagle Global Logistics (EGL). A empresa decidiu dividir as operações do Brasil – seu maior mercado regional, responsável por cerca de 90% do faturamento – das dos demais países da região, cada uma agora sob a responsabilidade de um vice-presidente (veja detalhes na seção cross-docking). Além disso, anunciou que atuará em quatro principais segmentos de mercado – Automotivo, Hight-Tech, Consumer Retail e Oil &Gas, em todas oferecendo conjuntamente os serviços de contratos logísticos, em que a Ceva atua tradicionalmente, e freight forwarder, que era especialidade da EGL.

“Hoje podemos oferecer ao mercado uma visão comum, que inclui as duas visões, de contratos logísticos e freight forwarder, com a capacidade de ofertar soluções end-to-end, movendo materiais de qualquer parte do mundo para qualquer lugar, oferecendo a agilidade e a agressividade de um freight forwarder e a visão mais integrada e analítica que é típica de um operador logístico”, explanou Giuseppe de Vincenzo, que assume a vice-presidência da Ceva Logistics no Brasil.

“Com este leque de ofertas, temos uma grande oportunidade de continuar crescendo”, continuou ele, destacando bem o crescimento, que em 2008 foi de 15% na região, mesmo com o impacto negativo da crise mundial e ainda sem os efeitos dessa nova estrutura. Para se ter uma idéia do potencial, o vice-presidente cita que a antiga divisão de contratos logísticos tinha 37 clientes, enquanto o freight forwarder tem 900. “Imagine as sinergias e oportunidades que podemos obter somente juntando estas duas especialidades e aproveitando os cliente que já temos”, analisa Vincenzo.

Segundo ele, a divisão em duas regiões distintas surgiu justamente para que fosse dada maior atenção aos demais mercados da América do Sul, uma vez que o Brasil, por ser muito grande, acabava concentrando a atenção e os esforços. “Não pode ser assim se queremos crescer em toda a região de forma uniforme, principalmente em países cuja economia demonstra alto potencial, caso da Argentina e do Chile. Por isso criamos a área de Multipaíses América do Sul (MCA – Multi Country Áreas), que está sob a vice-presidência da Nádia Ribeiro, explica o executivo.

Novos segmentos

A Ceva também já atuava de forma segmentada mesmo antes da fusão com a EGL, e esta diretriz continua, agora com novos setores-foco. Dois em que a empresa já era forte: o Automotivo – seu carro-chefe, e o de Alta Tecnologia; e dois novos setores, que são o Consumer Retail e o Oil & Gas. Os clientes atuais serão divididos sob estes quatro pilares.

Vale destacar que a EGL já atuava fortemente neste último setor, o que a Ceva espera ser um grande diferencial, principalmente agora com a união das duas expertises. “É uma logística difícil, com prazos estreitos e envolvendo materiais de alto valor agregado, muita velocidade e praticamente sem estoques. Isto é o interessante da fusão com a EGL, pois estamos herdando esta especialidade, que certamente é um diferencial competitivo. Não são muitas empresas que atuam nesta área de forma global, e nós podemos oferecer isto”, complementou Vincenzo.

Cada divisão terá o seu executivo responsável (ou BD sector leaders), que contará com o apoio de uma equipe e estrutura de engenharia que acompanhará exclusivamente aquele segmento. Cada divisão é independente, com apoio de pessoas que conhecem aquele mercado e falam sua língua.

Vincenzo conta que, a princípio, a empresa pensou em manter separadas as duas expertises, de contratos logísticos e freight forwarder, mas optou por oferecer, em cada unidade de negócios, todo o potencial das duas áreas. “O cliente será acompanhado sempre pela mesma pessoa, independentemente da atividade. Porque o que acontecia antes era que havia a possibilidade de uma mesma empresa ser visitada por duas pessoas da Ceva, oferecendo coisas diferentes. Isto hoje não aconteceria”, ressalta.

Segundo ele, além de ser vantajosa para o cliente, essa atuação conjunta traz outra vantagem: a financeira. “Ocorre que a atividade de operador logístico demanda investimentos significativos, porque é preciso montar estruturas para suportar contratos de médio e longo prazos. Já o freight forwarder, por ser mais transacional, é um gerador de caixa, o que dá o suporte financeiro para os investimentos, garantindo o crescimento”.

Ele afirma que os novos segmentos são também uma forma de não ficar tão dependente do automotivo, que foi um dos mais afetados pela crise mundial, embora o executivo faça questão de ressaltar que, no Brasil, o impacto não foi tão grande. “É claro que algum abalo houve; em outubro passado tivemos fábricas fechadas, em férias coletivas, e isso representou um impacto dramático. Mas posso dizer que tivemos no ano passado um grande resultado e o primeiro trimestre de 2009 já está com resultados próximos aos de 2008. Nossa expectativa para este era muito baixa, mas já estamos revendo”, garantiu o vice-presidente da Ceva Brasil, informando esperar, para este ano, um crescimento por volta de 18%. Ele informou que a unidade brasileira é a que mais cresce nas Américas e briga com a China pela liderança mundial.

Ele afirma que, para atender às novas divisões, não foram necessárias contratações, pois, com a aquisição da EGL, havia internamente pessoas com conhecimento e capacidade para atuar em todos os setores.

Quanto à possibilidade de novas aquisições, ele afirma que, por ora, está descartada, embora a empresa esteja sempre atenta. “Não é o momento. Sabemos que há boas oportunidades, porque as empresas estão descapitalizadas, mas não queremos ser nós a ter problemas de liquidez. Temos que tomar cuidado, pois uma aquisição significa outro processo de integração, e nós ainda não finalizamos este atual. Já mudamos de TNT para Ceva e o mercado sentiu; depois, houve a compra da EGL. Então vamos primeiro consolidar o que fizemos e colher os frutos para crescer e poder aproveitar melhor as oportunidades futuras. Crescimento, por ora, só orgânico, que já será importante”.

www.br.cevalogistics.com

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