Schenker aposta em serviços diferenciados

Operador logístico comemora 35 anos no país e agrega valor à atividade de transporte e na consolidação da sua rede

Ao comemorar 35 anos de atuação no mercado brasileiro, a Schenker aposta cada vez mais em serviços diferenciados e que agreguem valor e competitividade no segmento logístico. Nem sempre foi assim. O presidente da Schenker do Brasil, Eric Brenner, explica que inicialmente a companhia focava suas ações no transporte internacional de cargas, principalmente de itens provenientes da indústria automotiva com destino à Europa.

Com o tempo, a empresa iniciou o trabalho junto a outras indústrias e, hoje, atende cerca de cinco mil clientes dos mais diferentes ramos de atividades, com cargas sendo enviadas também para Ásia e Estados Unidos, além da Europa. O mercado atual mostra que o segmento automotivo continua tendo parcela significativa nos negócios, mas divide a fatia com os setores farmacêutico e de telecomunicações. “Cerca de 60% do total de produtos que manipulamos são destes três setores”, afirma.

Brenner não informa os volumes, mas divulga índices de crescimento expressivos nos últimos três anos. “Aumentamos em 70% nossos embarques, tivemos acréscimo de 80% em TEUs e 150% de crescimento no modal aéreo”.

Para dar suporte a este incremento, o presidente salienta que a companhia fortaleceu a estrutura no Brasil. “Ampliamos nossa rede, abrimos novas filiais e crescemos em 120% o quadro de funcionários”, resume. Hoje, a empresa conta com 450 funcionários e uma estrutura de 18 filiais, sendo 11 próprias e sete agentes, localizadas nas zonas industriais da região Nordeste, as quais, na opinião de Brenner, ainda não são bem desenvolvidas.

Operação

Quanto aos serviços, Brenner destaca a qualidade. “Só conseguimos atender os clientes e desenvolver as atividades sabendo quais são as necessidades de nossos parceiros”, frisa. O executivo constata que cada indústria possui suas peculiaridades, sendo papel da Schenker entender a operação, identificar suas urgências, pontos críticos e propor soluções. “Se nos aprofundarmos em tudo isso conseguimos desenvolver serviços logísticos adaptados e adequados”, lembra.

Na opinião do executivo, conhecer a atividade do cliente é um dos diferenciais da Schenker. “Temos equipes que trabalham dedicados em cada segmento e uma estrutura global que define profissionais específicos para cada setor da indústria. Abaixo disso,  há o responsável regional e, posteriormente, o especialista por país”, conta

O executivo exemplifica o aumento das tarefas. “Antes apenas transportávamos uma máquina fotocopiadora de Manaus para São Paulo. Hoje, nós embalamos a máquina, transportamos, armazenamos, desembaraçamos, levamos até o ponto final, desembalamos, conectamos e realizamos a primeira introdução ao usuário”, descreve. 

Projetos

O presidente da Schenker do Brasil afirma que as ações no país não param. Um dos desafios, agora, é desenvolver alternativas a fim de não interromper o fluxo de mercadorias. “Atualmente, 60% da carga aérea circula pelos aeroportos de Guarulhos e Viracopos. Sabendo disso, temos que ter uma estrutura que atenda a demanda física por estes dois terminais para diminuirmos o tempo dos processos nestes locais que, hoje, gira em torno de 10 a 12 horas”, explica. Segundo o presidente, o volume de cargas é crescente, mas o espaço disponível para manuseio ainda é insuficiente.

Do lado portuário, Brenner lamenta que a situação é a mesma. “É preciso ampliar a capacidade de armazenagem, criar novos berços de atracação e diversificar a utilização de portos e não ficar apenas em Santos”, afirma.

Brenner finaliza dizendo que a Schenker enxerga a América Latina como a região do futuro. Para ele, o trabalho será o de estruturar redes e definir ‘pontas’ fora do Brasil. “Vamos focar na consolidação de redes na América do Sul para amenizar os custos logísticos que, no país, são 30% mais caros se compararmos com os Estados Unidos, por exemplo”, completa.

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