Radiofreqüência é um dos pontos fortes da provedora de serviços de inventário para ampliar presença em redes varejistas menores
A RGIS (Retail Grocery Inventory Services), provedora de serviços de inventário terceirizados para indústria e varejo, investirá US$ 12 milhões em suas operações brasileiras até 2009, informa Jorge Schmidt, presidente da RGIS América Latina. No país desde 1998, a empresa fornece soluções informatizadas em controle de recebimento e expedição, gerenciamento de estoques e inventários de ativos fixos.
A empresa enxerga o Brasil como uma potência regional e uma das áreas mais importantes para o crescimento no mundo – do faturamento total de US$ 1 bilhão no ano passado, o país foi responsável por um montante de cerca de US$ 50 milhões. “O Brasil representa hoje aproximadamente 5% da operação mundial, com uma participação crescente”, afirma Schmidt.
Os dados sobre investimentos para cada área fazem parte de uma estratégia interna e não são detalhados, mas a empresa informa que o montante será destinado à formação e capacitação dos funcionários, pesquisas, novas tecnologias e infra-estrutura interna e operacional. “Além disso, temos o objetivo de investir em práticas sustentáveis, como a diminuição no gasto de papel, redução no consumo de água e energia elétrica nas operações”, completa Márcio Batoni, vice-presidente da RGIS.
Tecnologia de RF
Schmidt conta que o grupo destinou aproximadamente US$ 70 milhões nos últimos dois anos a investimentos em tecnologia, principalmente em sistemas de radiofreqüência: “A intenção foi aumentar a confiabilidade das análises e das tomadas de decisão de nossos clientes”. Em relação aos inventários, acrescenta o vice-presidente, uma das ferramentas mais solicitadas pelos clientes era o uso da tecnologia de radiofreqüência para captura e transmissão em tempo real dos dados coletados nos inventários ao computador central da RGIS – e, desde 2007, os clientes brasileiros podem acessar as informações e acompanhar o andamento do inventário ao longo do trabalho.
O varejo responde pela maior parte dos negócios da RGIS no Brasil, em uma carteira de clientes na qual constam empresas como Wal-Mart, Carrefour e Pão de Açúcar – e para alcançar um crescimento na faixa de 25% a 30% anuais no próximo triênio, o grupo pretende ampliar os negócios focando redes menores ou até mesmo pequenas empresas, com duas ou três lojas. “A RGIS viveu durante os últimos 50 anos sob o signo do inventário terceirizado: nossa abrangência tornou-se tão grande que praticamente todo o varejo tornou-se cliente. Os espaços para o desenvolvimento ficaram restritos ao crescimento deles mesmos”, finaliza Batoni.