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Roubo de cargas em São Paulo aumenta 2,89% em 2003

Por Redação em 11 de fevereiro de 2004 às 14h59 (atualizado em 09/05/2011 às 15h36)

O SETCESP (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região) divulgou os números referentes ao roubo de cargas no Estado de São Paulo registrados durante o ano de 2003 (de janeiro a dezembro). De acordo com as estatísticas da Assessoria de Segurança do Sindicato, houve um crescimento de 2,89% no número de ocorrências de roubo de cargas em São Paulo.

Durante o ano de 2002 (de janeiro a dezembro) foram registrados em todo o Estado de São Paulo 2.450 casos de roubo de cargas, resultando em uma média/mês de 204,1 casos. Já no ano de 2003, ocorreram no Estado 2.521 registros, equivalentes a uma média mensal de 210,08 casos deste tipo de delito. Comparadas as médias mensais referentes a 2002 com as obtidas em 2003, constata-se um aumento de 2,89% nas ocorrências de roubos em todo o Estado.

Em valores, o roubo de cargas causou às transportadoras durante o ano de 2003 um prejuízo médio mensal de R$ 16,114 milhões. O total das cargas roubadas de janeiro a dezembro de 2003 alcançou a soma de R$ 193,373 milhões. Durante todo o ano de 2002, o prejuízo mensal médio foi de R$ 17,158 milhões, sendo que o total acumulado no ano atingiu R$ 205,903 milhões.

Estabelecendo um paralelo entre as perdas contabilizadas no ano de 2002 com as registradas em 2003, constata-se que a média mensal do prejuízo do setor transportador no Estado de São Paulo ocasionado pelo roubo de cargas diminuiu 6,08%.

Na avaliação do SETCESP, a diminuição está diretamente ligada aos altos investimentos que as empresas do setor têm feito em gerenciamento de risco e segurança, e no desenvolvimento de estratégias próprias voltadas ao combate do roubo de cargas.

Entre tais estratégias, está o fracionamento do transporte de cargas de maior valor agregado e a proteção ostensiva das mercadorias mais visadas como medicamentos, eletroeletrônicos, alimentos e cigarros. Segundo os estudos do SETCESP, hoje as empresas do setor transportador já investem até 15% de suas receitas brutas com custos referentes à segurança como escoltas e rastreadores via satélite, por exemplo.

De janeiro a dezembro de 2003, os produtos mais roubados foram os alimentícios (791 registros), seguidos pelas cargas fracionadas (201), produtos metalúrgicos (164) e medicamentos (também 164). As rodovias com a maior incidência foram a Anhangüera (125 casos), Dutra Régis Bittencourt (ambas com 58).

Em 2003, maio foi o mês campeão em registros com 254 ocorrências. Os dados do SETCESP são oriundos principalmente dos relatos das transportadoras associadas e não associadas, e das empresas do setor segurador.

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