Wilson, Sons fecha com a Monsanto

Há dois anos, o Grupo Wilson, Sons é responsável pela transferência do PIA (matéria-prima para a produção do Herbicida Roundup, herbicida a base de glifosato) da unidade localizada no Pólo Petroquímico de Camaçari (BA) até o embarque para a cabotagem no Tecon Salvador. A partir de agora, o Grupo assume também o braço paulista da logística, do Porto de Santos à linha de produção em São José dos Campos. A previsão é de que 230 contêineres sejam movimentados por mês. A Wilson, Sons disputou o negócio com outros dois operadores logísticos.

Para obter redução de custos e gerar competitividade no mercado interno e externo, a Monsanto opta pela centralização de toda a operação logística para o suprimento da segunda maior unidade de produção do glifosato na América Latina. De acordo com as primeiras avaliações, a economia de custos é de 18%.

Dentre as alterações que proporcionaram redução de custos, estão a troca do modal rodoviário pelo ferroviário no trecho paulista (a cargo da MRS), suspensão da empilhadeira Reach Stacker para movimentação de contêineres no pátio da empresa e da necessidade de uso deste pátio dentro da planta, responsabilidade integral dos custos de armazenagem e demurrage e gestão pelo Grupo Wilson, Sons dos pontos de reposição de estoque e dos planos de contingência.

A armazenagem compreende três pontos em São Paulo: Cubatão, Tecon Vale (em Caçapava, no terminal ferroviário da MRS) e na fábrica da Monsanto em São José dos Campos. "O desenho deste projeto logístico door to door demorou um ano para ser concluído e tem condições de ser ampliado", afirma Medeiros Netto. A parceria com a MRS tem como conseqüência o aumento da visibilidade do modal ferroviário como solução logística para a indústria. A empresa colocará mais 10 vagões no trem expresso Santos-Vale do Paraíba. Hoje, a composição opera com 28 vagões e sobe e desce a serra duas vezes por semana. No segundo semestre, a freqüência poderá ser ampliada para quatro vezes por semana. Segundo a Monsanto, com o desenho final do projeto logístico para a cadeia de suprimentos, a empresa deve iniciar avaliações para incluir o braço das exportações. Toda a logística do produto acabado ainda é feita pelo modal rodoviáro.

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