Ibovespa
119.298,67 pts
(0,25%)
Dólar comercial
R$ 6,05
(-0,85%)
Dólar turismo
R$ 6,30
(-0,61%)
Euro
R$ 6,23
(0,04%)

Indenizações em seguros marítimos e aeronáuticos sobem 155,1% em 2024

Setores somam R$ 1,6 bilhão em arrecadação no ano, impulsionados por acidentes e mudanças regulatórias
Por Redação em 13 de janeiro de 2025 às 11h08
Indenizações em seguros marítimos e aeronáuticos sobem 155,1% em 2024
Foto: Reprodução/Pixabay
Foto: Reprodução/Pixabay

Um levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) apontou que os seguros marítimos e aeronáuticos registraram um aumento de 155,1% no valor de indenizações entre janeiro e outubro de 2024, totalizando R$ 1,5 bilhão pagos. No mesmo período, a arrecadação do segmento alcançou R$ 1,6 bilhão, com alta de 22,2% em comparação ao ano anterior.

O setor aeronáutico concentrou R$ 1,1 bilhão dos pagamentos, marcando um crescimento de quase 200%. Já o setor marítimo desembolsou R$ 457,7 milhões, impulsionado por naufrágios, colisões e avarias em embarcações de grande porte. Em arrecadação, o setor aéreo liderou com R$ 1,2 bilhão (+27,9%), enquanto o setor marítimo somou R$ 492,4 milhões (+10,4%).

No segmento aéreo, a Força Aérea Brasileira registrou pelo menos 138 mortes em acidentes no Brasil até 5 de dezembro de 2024. Segundo Carlos Eduardo Polizio, presidente da Comissão de Seguros de Cascos Marítimos e Aeronáuticos da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), o aumento de indenizações no setor aeronáutico está associado a falhas operacionais, planejamento inadequado de voos e problemas de manutenção.

No setor marítimo, a principal causa das indenizações foi a falha na manutenção preventiva de máquinas e sistemas propulsores. Eventos climáticos extremos e erros na navegação também impactaram o aumento de sinistros, especialmente em embarcações de recreio.

O seguro aeronáutico inclui coberturas para todos os segmentos da aviação, além de produtos específicos como o Seguro de Responsabilidade Civil do Explorador ou Transportador Aéreo (RETA). Esse seguro obrigatório arrecadou R$ 18,8 milhões nos primeiros dez meses do ano, enquanto os pagamentos às vítimas somaram R$ 4,2 milhões, registrando uma queda de 56,7% em relação ao ano anterior.

No segmento marítimo, o Seguro Danos Pessoais Causados por Embarcações ou suas Cargas (DPEM) passou a ser obrigatório em 2024, contribuindo para a arrecadação de R$ 5,2 milhões desde julho. Apenas no primeiro mês de vigência, o seguro arrecadou R$ 554,1 mil.

De acordo com Polizio, a adoção de seguros obrigatórios e a fiscalização têm papel central na consolidação da cultura de seguros no Brasil. Ele destacou a contribuição das seguradoras na prevenção de perdas e no gerenciamento de riscos por meio de medidas como treinamentos, controle documental e vistorias regulares em aeronaves e embarcações.

Usamos cookies e tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência, analisar estatísticas e personalizar a publicidade. Ao prosseguir no site, você concorda com esse uso, em conformidade com a Política de Privacidade.
Aceitar
Gerenciar