A Emergent Cold LatAm, operadora logística especializada em armazéns refrigerados, revelou planos ambiciosos de investir aproximadamente US$ 175 milhões no Brasil nos próximos 12 a 18 meses, conforme anunciado pelo presidente-executivo e cofundador da empresa, Neal Rider, em entrevista à Reuters na quinta-feira (30). A recente captação de 500 milhões de dólares em uma rodada de investimento, liderada pela gestora norte-americana Stonepeak e assessorada pelo JPMorgan, proporcionará os recursos necessários para impulsionar o crescimento da Emergent Cold LatAm.
Deste montante, aproximadamente 35% será destinado às operações no Brasil, somando-se aos US$ 65 milhões já designados para investimentos, além dos US$ 180 milhões investidos nos anos de 2021 e 2022. Com esses novos aportes, a empresa projeta alcançar um total de US$ 1,2 bilhão investidos na América Latina nos próximos 12 a 18 meses, dos quais 420 milhões serão destinados ao Brasil.
Desde o início de suas operações, a Emergent Cold LatAm concentrou seus investimentos na aquisição de empresas líderes em armazenamento refrigerado, incluindo as brasileiras Martini Meat e DMX, além de ativos da Reiter. Agora, com uma plataforma de gestão consolidada, a empresa concentra-se no desenvolvimento de novas instalações e expansão de operações.
Neal Rider destacou a estratégia da empresa, que busca combinar aquisições estratégicas com o desenvolvimento de operações existentes. "Vamos continuar considerando qualquer oportunidade de aquisição que surgir no Brasil. Enquanto isso, nos concentraremos em novos desenvolvimentos. Temos vários empreendimentos planejados para o Brasil", afirmou Rider, sem fornecer detalhes específicos.
O executivo revelou que a Emergent Cold LatAm está em processo de expansão de uma área de armazenamento adquirida da canadense Brookfield em Guarulhos (SP) e expressou otimismo sobre futuras colaborações com a Brookfield. Além disso, Rider informou que a empresa está em diálogo com importantes produtoras de alimentos no Brasil e na América Latina, incluindo gigantes do processamento de carne como JBS e Marfrig.
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