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Friozem retoma logística com investimentos em frota e tecnologia

Por Redação em 4 de julho de 2006 às 16h17 (atualizado em 11/05/2011 às 15h34)

Operador frigorificado investe para aumentar participação nas exportações

O operador frigorificado Friozem está realizando uma reestruturação para aumentar sua participação nas operações logísticas dos clientes e crescer no segmento de exportação de produtos perecíveis. Para atingir este objetivo, os investimentos totalizam R$ 2,5 milhões na compra de caminhões, ampliação dos armazéns e desenvolvimento tecnológico.

A decisão por ampliar a gama das operações teve início no ano passado; até então, a empresa fazia parceria com uma transportadora e, posteriormente, as duas se fundiram criando a Friozem Transportes. Após cinco anos juntas, as partes se separaram em agosto de 2005 e o ramo de distribuição física ficou totalmente fora das mãos da Friozem.

“Ficamos frágeis no mercado por não termos este segmento de transporte, que é uma continuidade do nosso trabalho. Foi então que começamos a estudar a possibilidade de entrar no segmento de entregas fracionadas”, explica José Dias Silva de Souza, gerente-geral dos Departamentos Comercial e de Logística da Friozem. Em janeiro deste ano, foi então incorporada à Friozem uma transportadora que já realizava a sua distribuição fracionada desde 1995, a Marcar Transportes, com a contratação de seus funcionários e a compra dos ativos.

Para complementar a aquisição da frota da transportadora, a Friozem também começou a investir na compra de modelos leves 50-13 fabricados pela Iveco. “Estes veículos têm seus compartimentos de carga adequados às nossas operações, com capacidade de 2.500 kg”, explica Marcelo da Paixão, gerente de Logística da Friozem. “Optamos por estes modelos para centros urbanos pelo fato de a nossa carga ser fracionada. Hoje, os grandes volumes são cada vez mais raros e há maior freqüência de entregas em muitos pontos e pouco volume”, explica o gerente.

Hoje, a Friozem trabalha com cerca de 50 clientes na entrega de cargas fracionadas com uma média de 15 SKUs cada. Para otimizar estas operações, a empresa decidiu recorrer à divisão da carroceria em três temperaturas. Anteriormente, a empresa trabalhava somente com cargas refrigeradas e congeladas, não contemplando as cargas secas e, hoje, cerca de 30% da frota de caminhões já possuem câmaras multitemperatura.

“Possuímos dois clientes fortes no segmento de cargas secas para os quais estamos trabalhando com frota dedicada. Com um veículo com três compartimentos, conseguimos uma redução de custos tanto para a Friozem quanto para o cliente”, completa Paixão. Para completar os investimentos na frota, a empresa está avaliando os sistemas de rastreamento desenvolvidos pela Sascar, que informam não somente a localização do veículo, mas também a temperatura via satélite. Os testes estão sendo realizados em seis veículos da empresa.

Hoje, a frota da Friozem é composta de 70 veículos, dos quais 20 são próprios, ou seja, 30% do total. A meta da empresa é chegar a 60% de frota própria e seguir trabalhando com terceirizados, mas sempre com frota dedicada.

Ampliação do armazém

Para aumentar a sua participação no mercado de exportação, a Friozem está ampliando também a sua estrutura de armazenagem. A sede da empresa, localizada no município da Jandira, na Grande São Paulo, está instalada em uma área de 32.392 metros quadrados e tem capacidade de 95.000 metros cúbicos. Os principais produtos armazenados nesta unidade são laticínios, aves, carnes bovinas e suínas, sucos, vegetais congelados, margarinas e chocolates.

“O mercado de exportação de carnes está em crescimento há três anos e estávamos fora dele. Este é um segmento interessante porque requer qualidade, e, para os operadores frigorificados, ele acaba ficando restrito por conta das exigências dos países importadores”, afirma Fábio Galesi Fonseca, diretor da Friozem. Hoje, a empresa realiza exportações principalmente para a Rússia, a Argélia e o Egito, com uma movimentação média de três mil toneladas/mês, e está planejando a entrada na Europa e EUA.

Para atender às exigências impostas pelos mercados compradores, a empresa está interligando os seus dois armazéns, com um investimento de R$ 700 mil, que permitirá o aumento de 35 para 41 docas, e ampliando a antecâmara, na qual são realizadas operações como manipulação de alimentos e pre-picking, em 400 metros quadrados (hoje, a área disponível é de 2.000 metros quadrados). A Friozem está investindo, também em Jandira, em uma câmara nova de 5.000 metros cúbicos, totalizando 100.000 metros cúbicos, em função de uma nova parceria com uma empresa do ramo alimentício, cujo nome ainda não divulga.

O investimento na estrutura de armazenagem inclui ainda a construção de três túneis de recuperação de frio, com capacidade física de 250 toneladas, para atender a exigência de exportação à temperatura mínima de –18ºC na saída do armazém. Os túneis estarão prontos em outubro deste ano e consumirão de R$ 300 a 350 mil reais.

Para completar os investimentos, a empresa está realizando um projeto-piloto de um WMS customizado, que permitirá o acesso dos clientes tanto aos estoques quanto às entregas, com previsão de operação em novembro deste ano, inicialmente nas unidades de São Paulo e Fortaleza. “A movimentação da empresa é em média de 100 toneladas/dia na distribuição fracionada e, com estas mudanças, o nosso objetivo é chegar a 180 toneladas/dia até o final do ano”, completa José Dias de Souza.

www.friozem.com.br

 

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