A paridade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função parece ter se tornado realidade no setor de logística no Brasil. Ao menos é o que aponta um levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (Abol) divulgado em março deste ano.
De acordo com a pesquisa, 83,3% garantiram que não há diferenciação salarial entre homens e mulheres. Além disso, 33,3% dos OLs contam com 41% ou mais mulheres no seu quadro de colaboradores atualmente. Já metade dos OLs afirmou que esse percentual fica entre 21% e 30% do total de funcionários.
Apesar da equidade de gênero ainda ser um desafio para o setor e todo o mercado de trabalho do país, o levantamento aponta o segmento na contramão do Brasil, que vive um momento no qual a diferença de remuneração entre homens e mulheres, que vinha caindo até 2020, voltou a subir, atingindo 22% no fim de 2022, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda conforme os dados do IBGE, as mulheres representam apenas 15,2% dos profissionais em conselhos e diretorias de companhias abertas no Brasil.
Já no levantamento da Abol também é possível notar que 50% das empresas têm a contratação de mulheres e outros gêneros como parte das ações focadas em diversidade. Segundo os entrevistados pela associação, 33,3% têm um projeto de diversidade em execução há mais de um ano. Outros 16,7% ingressaram nesse universo entre os últimos dois e quatro anos.
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Essas empresas possuem projetos voltados aos jovens e pessoas com deficiência, ações de combate ao preconceito e à discriminação, capacitação direcionada a grupos minoritários, definições de indicadores relacionados a gênero, comunicação ampla e abrangente entre os colaboradores e conexão com mercados e parceiros para captação de mão de obra diversa.
"As empresas percebem os retornos positivos obtidos ao investirem em programas internos que estimulam a diversidade e inclusão. De acordo com alguns OLs, as experiências costumam ser fortes e marcantes em equipes que prezam pela diversidade, uma vez que possibilitam novas e diferentes visões sobre o mundo e o mercado, contribuindo para o processo de inovação, melhoria dos resultados e, consequentemente, para o crescimento da companhia e o progresso de nossa sociedade", destacou a diretora executiva da ABOL, Marcella Cunha.