Investimentos da empresa incluem ampliação do CD de São Paulo
A Editora Moderna inaugurou, em dezembro, um centro de distribuição avançada (CDA) na cidade de Recife. Com capacidade para estocar cerca de um milhão de unidades, o centro faz parte da meta da editora de atingir uma movimentação anual cerca de 120% maior do que a atual: hoje, é possível ter quase um milhão de publicações em estoque no novo centro. Antes, a filial da cidade contava com um espaço para armazenar 450 mil livros, distribuídos somente em Pernambuco; agora o novo local permitirá atender toda a Região Nordeste.
“Chamamos este CD de “avançado” porque ele está fora do nosso eixo, que é São Paulo, onde está localizada a matriz da editora e temos um centro de distribuição e logística. Este CD em Recife será um ‘mini-Guarulhos’”, explica Osmar Cardoso, gerente de Logística da Moderna, referindo-se à localização do centro de distribuição paulista.
O novo CDA ocupa uma área de 3.800 m2 e agilizará o atendimento aos distribuidores e clientes diretos dos nove Estados da Região Nordeste. Antes da inauguração, o tempo de distribuição de produtos para o público desta região era de até dez dias e, agora, foi reduzido para aproximadamente 48 horas. Em Recife, foram investidos cerca de R$ 500 mil, somando-se o local, a reforma da área, a unidade de auto-atendimento e a paletização com estruturas metálicas, entre outros itens.
Recife foi escolhida para a instalação do segundo CD da editora no País pela malha viária, com conexão com os outros Estados da região, e pelo volume de transportadoras, que está muito mais concentrado na cidade.
Em Recife, a Moderna não contará com posições-paletes, mas com um formato diferenciado de estocagem devido ao volume menor, denominado “posições-livro”, que é a quantidade de livros passível de ser armazenada. A empresa realiza a armazenagem dos livros por prateleiras dimensionadas e o manuseio é feito por funcionários, sem a necessidade de empilhadeiras.
Segundo Cardoso, a editora não investiu em equipamentos de movimentação e nem tem planos de realizar este tipo de investimento em Recife, dada a baixa movimentação. “A necessidade existe somente quando há picos de operação, e aí locamos os equipamentos”, explica ele. “Não há porque investir em ativos para utilizá-los três a quatro meses por ano, então a locação é compensadora”.
Ampliação em São Paulo
A Editora Moderna também investiu nas instalações da sua central de logística na cidade de Guarulhos (SP), que foi ampliada em novembro do ano passado em 50%. Hoje, a unidade paulista dispõe de uma área de cerca de 25 mil m2, dos quais 13 mil m2 são construídos (anteriormente, eram oito mil m2 construídos). Após a reforma, o CD teve ampliada a sua capacidade de seis mil para 12 mil posições-palete.
Com exceção da Região Nordeste, Guarulhos continuará atendendo todo o Brasil. “Conseguimos chegar com muito mais facilidade à Região Norte a partir de São Paulo do que de Recife, em função da malha rodoviária”, explica Cardoso. Somente na época de pico, que começa em dezembro, poderão ocorrer operações diferenciadas pela necessidade de um grande volume de cargas. “As cargas podem partir de São Paulo porque há um tempo maior e, neste caso, nós fazemos a transferência com carga fechada. Não utilizaremos o CDA de Recife, mas a linha direta de Guarulhos com o distribuidor ou a filial”, completa ele.
Em São Paulo, o investimento foi da ordem de R$ 3,5 milhões, dos quais cerca de R$ 110 mil foram investidos no WMS, desenvolvido internamente, e mais R$ 70 mil em equipamentos de radiofreqüência, como coletores de dados e antenas.
Tanto o CD de São Paulo quanto de Recife são hoje espaços locados pela editora. No Nordeste, a editora realizou uma reforma para adequá-lo às características exigidas. Administrar estes espaços sob esta perspectiva teve início em 2001, quando a Editora Moderna passou a integrar o Grupo Santillana, braço editorial do Prisa, um dos principais grupos de comunicação em língua espanhola. “Quando fomos adquiridos pela Santillana, o CD em São Paulo era próprio, mas a estratégia do grupo é não investir em imobilizados. Vendemos o imóvel e então fizemos a sua locação”, completa Cardoso.
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