Investimento será feito principalmente na troca de dormentes e colocação de trilhos
Consórcio de empresas ferroviárias que administra a malha do Porto de Santos por concessão da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), a Portofer está realizando obras de remodelação em suas linhas férreas em vários trechos para atender à demanda esperada em 2006. Os recursos aplicados nas reformas são de aproximadamente R$ 5,7 milhões e, com este valor, a empresa totaliza investimentos de R$ 22,7 milhões desde a sua criação em 2002, incluindo malha viária, locomotivas, equipamentos e informatização do centro de controle operacional.
As obras têm como objetivos a redução do tempo de permanência dos vagões no porto e o aumento previsto da carga movimentada, que deve chegar a 16 milhões de toneladas em 2006. Hoje, a Portofer tem 90 km de linhas férreas e atende 24 terminais, 19 da margem direita e cinco da margem esquerda. Está programada a troca de 7.200 dormentes e de cerca de 12 mil metros de trilhos. Serão colocados ainda trilhos de maior capacidade para resistirem ao aumento da carga transportada, principalmente dos grãos provenientes do Estado do Mato Grosso.
Será feita também a segregação da via férrea nos trechos entre os Armazéns 1 e 4 e do pátio do Macuco ao Corredor de Exportação, locais onde estão sendo executadas as obras de remodelação integral da linha férrea principal. Serão colocados segregadores de concreto especiais ao lado dos trilhos, para evitar a circulação de caminhões e carros pela linha do trem. Estes blocos são na verdade dormentes de concreto que não estavam em boa condição para uso na via, mas com possibilidade de uso como obstáculos. Outras medidas serão a pavimentação asfáltica ou de concreto nas principais travessias das avenidas do porto e obras de melhoria na ponte ferroviária do canal de Bertioga, com troca de dormentes e trilhos.
A empresa aumentará a frota de locomotivas disponíveis para tração, atualmente 17, a fim de atender o aumento esperado da demanda. Ao assumir a concessão em 2000, a Portofer encontrou somente três das 27 locomotivas arrendadas em condições de uso, que estão sendo reformadas gradativamente. “Como nós temos uma frota de locomotivas desativada, a nossa intenção é recuperar cinco delas para o próximo ano”, explica Renato Khalil, superintendente geral do consórcio.
Em 2005, a empresa reduziu em 14% o tempo de permanência dos vagões no porto em relação a 2004, de 29 para 25 horas. A movimentação este ano foi de cerca de 10,5 milhões de toneladas, um volume 21% maior do que em 2004, quando se atingiu 8,7 milhões de toneladas.