Embora tivesse se mantido à margem da onda que levou outros setores da indústria a fazer altos investimentos em TI durante os anos 90, a busca da eficiência e da produtividade vem forçando as empresas do agronegócio a ter um melhor controle orçamentário e de custos, planejar melhor as compras, dimensionar de forma mais apurada os estoques e a se conectar eletronicamente a fornecedores, clientes e parceiros. Esses fatores vêm impulsionando a demanda por TI. A conclusão faz parte do estudo "Brazil IT Spending Trends 2005: Agribusiness", da consultoria IDC Brasil, que destaca as tendências e perspectivas de investimentos em TI do setor de agronegócios em 2005 – em hardware, software, soluções, serviços e questões específicas do setor agrícola – a partir de entrevistas com produtores rurais, usinas, cooperativas, tradings, empresas de adubos e fertilizante, de maquinário agrícola e exportadores de carnes e alimentos de médio e grande porte. Com atuação global, a IDC fornece análises de mercado, táticas e estratégicas para mais de 4 mil clientes em todo o mundo. A melhoria nos processos de logística é o que estará impulsionando as cooperativas a investir mais em informatização dos sistemas, cita o estudo. Já as usinas e grandes produtores empregarão TI principalmente para ter uma melhoria nos seus processos de produção. As exigências rigorosas relativas ao controle de qualidade e à higiene por parte dos mercados importadores, bem como a chegada ao mercado brasileiro de companhias multinacionais, que têm uso intensivo de TI, são fatores que também contribuem para o setor como um todo comece a investir mais em tecnologia, afirma Mauro Peres, diretor de pesquisas da IDC Brasil.