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O futuro do talento GenZ na cadeia de suprimentos: Desafios e perspectivas no Manifest 2025

Jovens profissionais destacam a importância da flexibilidade, do pensamento crítico e da digitalização no setor logístico
Por Redação em 20 de fevereiro de 2025 às 7h42
O futuro do talento GenZ na cadeia de suprimentos: Desafios e perspectivas no Manifest 2025
Foto: Marcello Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcello Camargo/Agência Brasil

A evolução da cadeia de suprimentos e a adoção de novas tecnologias estão diretamente ligadas à integração das novas gerações na indústria. Durante o Manifest 2025, evento que reuniu líderes globais do setor logístico, o painel "Listen to Us Directly: The Future of Supply Chain Talent" abordou os desafios e oportunidades na atração e retenção de talentos jovens.

Expectativas e habilidades dos novos profissionais

O encontro contou com a participação de Satvik Agnihotri, fundador e CEO da Odisea, e Sofía Rivas, diretora executiva e apresentadora do Supply Chain Now en Español. Os painelistas analisaram as expectativas dos novos profissionais, que buscam mais do que estabilidade no emprego, priorizando propósito, flexibilidade e crescimento dentro das organizações.

Entre as competências essenciais para o futuro do setor, destacaram a importância do pensamento crítico e das habilidades interpessoais em um ambiente cada vez mais automatizado. "O que é muito difícil de encontrar hoje em dia é o pensamento crítico. Você pode aprender engenharia, matemática e ciência de dados, mas a capacidade de analisar informações e encontrar sentido no meio do caos é inestimável", afirmou Agnihotri.

Por sua vez, Rivas enfatizou o papel da comunicação na integração das novas gerações ao setor. "Sentimos que não falamos a mesma língua, porque hoje predominam mensagens curtas, vídeos e outros formatos de comunicação digital. Mas a chave está em fortalecer a capacidade de traduzir ideias e nos comunicarmos com eficácia", explicou.

Desafios na atração e retenção de talentos

Um dos principais pontos do debate foi a evolução das estratégias de recrutamento e o impacto da redução do trabalho remoto. A diminuição dessa modalidade tem restringido o acesso a talentos globais, obrigando as empresas a reavaliar seus processos de contratação. "O trabalho remoto está diminuindo porque queremos voltar ao escritório. Mas se você não tem acesso presencial às pessoas de que precisa, está limitando seu talento", alertou Rivas.

Outro aspecto crucial foi a transformação dos perfis profissionais devido à automação. Os especialistas ressaltaram que o equilíbrio entre habilidades técnicas e competências humanas será fundamental para a adaptação do talento às mudanças na cadeia de suprimentos.

Também foi discutido o papel da cultura do erro no desenvolvimento profissional. "Acho que perdemos a capacidade de aprender com o fracasso. Às vezes, os novos talentos não recebem responsabilidades porque tememos que cometam erros. Mas se errar não for permitido, o crescimento também não será", afirmou Rivas.

Automação e diversidade no futuro do talento

O avanço da inteligência artificial e da digitalização levanta questões sobre o papel do trabalhador humano na logística. Durante o painel, foi destacada a necessidade de desenvolver habilidades que complementem a tecnologia, em vez de competir com ela. "A automação pode otimizar processos, mas não pode substituir a criatividade e a tomada de decisões estratégicas", observou Agnihotri.

Além disso, os especialistas ressaltaram a importância da diversidade e da inclusão na indústria. Segundo eles, empresas que priorizarem ambientes de trabalho diversos terão uma vantagem competitiva ao atrair talentos inovadores e adaptáveis.

Transformação na cadeia de suprimentos

O painel "Listen to Us Directly: The Future of Supply Chain Talent" evidenciou que a indústria está passando por uma grande transformação. As novas gerações buscam um ambiente de trabalho que incentive o aprendizado contínuo, a flexibilidade e o desenvolvimento de habilidades interpessoais alinhadas à digitalização.

Para se manterem competitivas, as empresas precisarão investir em modelos híbridos de trabalho, promover culturas organizacionais inclusivas e fortalecer as competências interpessoais de suas equipes. A integração desses elementos será fundamental para enfrentar os desafios futuros da cadeia de suprimentos.

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