Foi inaugurado em dezembro, na cidade de Ribeirão Preto (SP), o Museu do Sistema Campo Limpo, primeiro no Brasil dedicado à história da logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas.
A cerimônia de inauguração celebrou também o início das operações da nova central de recebimento do país, que funcionará no mesmo local, e a marca histórica de 650 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas destinadas corretamente durante duas décadas, o que equivale a 94% das embalagens primárias comercializadas no Brasil.
Os números provam a bem-sucedida trajetória do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), gestor do Sistema Campo Limpo, programa que integra fabricantes, importadores, registrantes, agricultores, distribuidores e o poder público e que se tornou referência para outras indústrias.
João Cesar Rando, diretor-presidente do instituto, destaca que o sistema serviu de modelo para a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), marco regulatório que entrou em vigor dez anos depois da fundação do Inpev. “No país, o programa foi um dos primeiros a colocar em prática o conceito que hoje é conhecido como economia circular”, explica.
No museu, os visitantes terão a oportunidade de mergulhar no processo da logística reversa, com acesso a toda a história que levou à concretização do sistema, começando pela implantação do projeto piloto em 1994, sob a gestão da Cooperativa Agroindustrial (Coplana). “Iniciativas reconhecidas internacionalmente devem ser compartilhadas. Por isso, os visitantes poderão conhecer a história do sistema, o funcionamento da operação e todo o ciclo da embalagem até a transformação em novos artefatos”, destaca Rando.
Nele é possível conhecer, de forma lúdica e interativa, as etapas da operação, os benefícios e os resultados obtidos ao longo dessas duas décadas, incluindo as primeiras campanhas de divulgação e conscientização. Painéis, infográficos e artefatos produzidos pelas recicladoras do sistema serão usados para apresentar a trajetória do programa e o caminho percorrido pelas embalagens pós-consumo. O espaço vai valorizar ainda as equipes que tornaram todo esse trabalho possível, incluindo depoimentos de vários representantes dos elos da cadeia agrícola.
O museu foi viabilizado graças ao apoio da Coplana e ao patrocínio de cinco recicladoras do sistema: Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos, Cimflex, Dinoplast, Plastibrás e Vasitex.