Por Redação em
4 de março de 2005 às 16h38 (atualizado em 26/08/2011 às 13h57)
Às vésperas da entrada em vigor da obrigatoriedade de toda a produção de caminhões e ônibus do País estar em conformidade com as normas Conama Fase V (Euro III) de emissão de poluentes e ruídos – prevista para 2006 –, a Ford introduz a motorização eletrônica em quatro de seus modelos da linha cargo: no C-815e (leve) e nos C-1317e, C-1517e e C-1717e (médios). No segundo semestre do ano, será a vez dos demais modelos da companhia, inclusive os da linha F.
"Fomos a última montadora a adotar a motorização eletrônica, mas, além de um motor novo, estamos oferecendo um produto totalmente reformulado", afirma o diretor de Operações da Ford Caminhões, Flávio Padovan, referindo-se às mudanças na caixa de câmbio, no sistema de freios, trem de engrenagem, escapamento e painel de instrumentos, entre outras.
Os quatro modelos eletrônicos são equipados com motor Cummins Interact 4, com 4.0 litros, quatro cilindros em linha e 16 válvulas,
em versão projetada e desenvolvida especialmente para a Ford. Em relação à motorização convencional, oferecem 45% mais potência – de 150 a 170 cv – e 30% a mais de torque.
Na injeção de combustível, a bomba injetora cede lugar ao sistema "common rail" de alta pressão, que otimiza o aproveitamento do combustível, possibilitando economia de cerca de 10% em relação ao motor mecânico.
O sistema é gerenciado por um módulo de controle eletrônico, o ECM, que controla a quantidade de combustível e o tempo da injeção a partir de diversos sensores que monitoram as condições de funcionamento do motor, incluindo rotação e temperatura, velocidade do veículo, exigências de carga e solicitações do motorista. Parâmetros como torque, potência, velocidade máxima e rotação do trem de força, entre outros, são programáveis. O piloto automático é outro equipamento de série.
O trem de engrenagem do motor é traseiro. Ou seja, todos os agregados, incluindo compressor de ar, bomba de combustível e bomba da direção hidráulica, são acoplados na parte traseira do bloco, o que reduz o nível de vibração e ruídos. Além disso, ele utiliza somente uma correia e tem o compressor acionado por engrenagem.
No painel, um conjunto de 26 luzes indicadoras possibilitam monitorar o funcionamento do motor e outros sistemas do veículo, além de fornecer sistema de proteção e alerta sobre a ocorrência de falhas.
Antes do lançamento, a Ford testou o novo motor em 50 caminhões-protótipos, que rodaram aproximadamente 1 milhão de km. E mobilizou uma equipe de 150 pessoas, entre engenheiros e técnicos da montadora e da Cummins.
Na fase de lançamento, os veículos terão preços e condições de pagamentos especiais. O C-815e sairá na faixa de R$ 85 mil a R$ 89 mil; o C-1317e, de R$ 105 mil a 109 mil; o C-1517e, de R$ 115 mil a R$ 120 mil; e o C-1717e, de R$ 123 mil a R$ 125 mil, o que significa um acréscimo de cerca de 13% em relação aos modelos mecânicos. Serão duas as modalidades de financiamento: uma com 90 dias de carência, entrada de 30% e prazo de 24 a 48 meses, e outra com pagamentos em 60 meses mediante entrada de 20%.
O pós-venda também foi reforçado com a melhoria das condições de garantia, que passou de 1 ano ou 50 mil km rodados para apenas um ano de uso e venda direta de componentes, além dos já tradicionais Disk Ford, em que o usuário com problemas é atendido por mecânicos Ford.
www.caminhoesford.com.br
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