Ontem, terça-feira, 31 de janeiro, aconteceu uma reunião em Paranaguá (PR) para discutir o projeto que visa a construção de um poliduto que liga o Porto de Paranaguá a Assunção, no Paraguai. A reunião foi constituída pelo secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Airton Maron, ministros do governo paraguaio e outras autoridades.
O poliduto será utilizado para exportação de etanol, com capacidade para transportar entre 1 e 2 milhões de toneladas por ano, e também a importação de diesel e gasolina, com capacidade para 4 milhões de t anuais. Além disso, a estrutura atenderá o Estado do Mato Grosso do Sul e o Norte da Argentina.
“Ao Paraná cabe acompanhar a definição do traçado do poliduto, que pode ser uma linha direta entre o litoral e a fronteira paraguaia, na altura de Foz do Iguaçu, ou passar por cidades-polo do Norte do Estado, como Londrina e Maringá”, comenta Richa Filho.
Estrutura
O poliduto terá a extensão de 800 quilômetros e está orçado em US$ 1 bilhão. O projeto prevê também um centro de embarque e distribuição de combustíveis na localidade de Viela Eliza, nas proximidades de Assunção.
A comitiva de executivos paraguaios sobrevoou o cais Oeste do Porto de Paranaguá, onde estão os terminais de inflamáveis e que, no futuro, poderá abrigar um terminal paraguaio. Além disso, o grupo visitou outras instalações paraguaias na área retroportuária.
Segundo o ministro paraguaio Miguel López, o poliduto é um empreendimento estratégico para a economia paraguaia por possibilitar autonomia ao país na importação de combustível que hoje é feita pela hidrovia argentina do Rio da Plata ou por rodovias brasileiras. “Com o poliduto, o Paraguai não ficará sem combustível em caso de obstruções na rodovia ou por problemas naturais no transporte fluvial”, explica López.