O comércio entre Colômbia e Venezuela através das pontes de fronteira atingiu a marca de US$ 196,8 milhões desde a reabertura oficial da fronteira comum em 26 de setembro do ano passado, conforme informaram fontes oficiais nesta terça-feira.
Durante esse período, foi registrada uma troca comercial de 209.610 toneladas de produtos, transportados em 8.900 caminhões. Desse total, a Colômbia exportou mercadorias no valor de US$ 177 milhões, enquanto as importações da Venezuela totalizaram US$ 19,8 milhões.
Entre os produtos trocados estão itens como azulejos, parafusos, caixas de papelão, papel higiênico, guardanapos, alimentos, óleos, bobinas de aço, material ferroso, embalagens de vidro soprado e lajes naturais de pedra.
O ministro de Comércio, Indústria e Turismo da Colômbia, Germán Umaña, enfatizou que, além dos números, a reabertura da fronteira teve um impacto positivo na recuperação da institucionalidade e trouxe benefícios sociais e econômicos para o departamento de Norte de Santander.
A reabertura da fronteira ocorreu em 26 de setembro do ano passado em uma cerimônia protocolar na ponte internacional Simón Bolívar, o principal ponto de travessia entre os dois países, com a circulação dos primeiros caminhões de carga em ambas as direções.
A ponte Simón Bolívar liga a cidade colombiana de Villa del Rosario, na área metropolitana de Cúcuta (capital do departamento de Norte de Santander), à cidade venezuelana de San Antonio, no estado de Táchira.
Essa reabertura foi uma das medidas mais aguardadas por cidadãos e empresários de ambos os países desde que Gustavo Petro assumiu a Presidência da Colômbia em agosto do ano passado e reconheceu Nicolás Maduro como a única autoridade legítima da Venezuela, ao contrário de seu antecessor, Iván Duque, que apoiava Juan Guaidó como "presidente interino".
A decisão de fechar o trânsito de veículos em 2015, tomada por Maduro naquela época, resultou na expulsão de numerosos colombianos residentes nas áreas fronteiriças, que foram acusados de contrabandistas.
*Com informações da agência EFE.
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