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Appa conclui processo de projeto para o píer T

Consórcio Exe Engenharia vence a licitação; objetivo é aumentar a capacidade de embarque de navios graneleiros
Por Redação em 24 de julho de 2013 às 11h23 (atualizado em 31/07/2013 às 4h41)

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) concluiu, neste mês de julho, o processo licitatório para contratação do projeto executivo para a construção do píer T, empreendimento que visa proporcionar o aumento efetivo da capacidade de embarque dos navios graneleiros no Corredor de Exportação. O consórcio Exe Engenharia venceu o processo licitatório e a Appa investirá R$ 4,25 milhões para a contratação do serviço.

Segundo a administração o aumento na movimentação de cargas ocorrido nos últimos 20 anos não foi acompanhado pelo aumento da infraestrutura. O volume movimentado no Porto de Paranaguá cresceu quase 300% nos últimos 20 anos – passou de 12 milhões de toneladas em 1990 para 44,5 milhões de t em 2012 –, mas a infraestrutura do Corredor de Exportação permaneceu a mesma de lá para cá.

Appa conclui processo de projeto para o píer T

   

Para o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino, boa parte do problema relacionado à espera de navios para atracar é por conta disso. “Precisamos de mais berços de atracação com uma estrutura adequada, moderna e ágil, para dar vazão às super safras que vem se acumulando”, diz.

De acordo com o Estudo de Projeção de Demanda realizado pela Appa e que integra o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado de Paranaguá (PDZPO), uma vez atendidas as premissas operacionais com o aumento da infraestrutura, os portos do Paraná poderão superar a marca de 83 milhões de t movimentadas anualmente em 2030.

Serviços

O prazo de execução dos trabalhos é de 240 dias. A empresa contratada deverá realizar os levantamentos de sondagens físicas, da geografia subaquática e de comportamento dos efeitos das águas e das marés, projetos de fundações, plataforma, áreas de serviços, estruturas eletromecânicas, equipamentos de movimentação de cargas, sistemas de atracação e amarração de navios, e equipamentos de apoio, sistemas de combate a incêndio e galerias de serviços.

Uma vez concluído o projeto, a obra estará pronta para ser licitada. Com a mudança do marco regulatório, a licitação para a construção do terminal ficará sob responsabilidade da Secretaria Especial de Portos (SEP).

Estrutura

O Terminal de Exportação de Grãos abrange um píer de carregamento de grãos, paralelo ao cais acostável existente, com dois berços externos e outros dois berços internos para acostagem e carregamento de quatro navios, simultaneamente, interligado ao cais existente por meio de uma ponte de acesso perpendicular. Um dos novos berços será especializado para receber navios de grande porte, chamados de “cape size” e que embarcam cerca de 110 mil t de grãos. Os demais berços serão feitos para receber navios “Post Panamax”, que embarcam cerca de 75 mil t de granéis.

A nova estrutura contará com oito carregadores de navios, sendo seis deles com capacidade nominal de 2.000 t por hora, e dois com capacidade nominal de 3.000 t/h. Haverá, ainda, oito conjuntos de correias transportadoras para alimentar os respectivos carregadores, sendo seis de 2.000 t/h e dois de 3.000 t/h (cada).

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