A CCR, companhia que atua no segmento de concessão de infraestrutura, informa que foi aprovado, na última segunda-feira, dia 16 de janeiro, seu ingresso no setor aeroportuário. A licença de atuação foi concedida por seus acionistas por meio de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Na ocasião, foram aprovados tanto o complemento do objeto social, incluindo a exploração de infraestrutura aeroportuária, como a aquisição da participação acionária de aeroportos internacionais no Equador, Costa Rica e em Curaçao.
O valor definido para a aquisição desses ativos é de US$ 214,5 milhões (Quito, no Equador – US$ 140 milhões, com a participação de 45,5%; San José, na Costa Rica – US$ 50 milhões, com a participação de 48,8%; e Curaçao – US$ 24,5 milhões, com a participação de 40,8%).
Segundo o presidente do Grupo CCR, Renato Vale, a atividade aeroportuária se caracteriza por sua abrangência global, com empresas privadas gerindo alguns dos aeroportos presentes nas principais cidades do mundo. “Para a CCR, entrar nesse setor significa uma oportunidade de diversificação, bem como viabiliza a sua internacionalização, a partir de projetos consolidados, com receitas totais estimadas em mais de US$ 180 milhões. Com a aquisição desses ativos, a CCR entende que se posicionará estrategicamente no setor aeroportuário, alcançando, de imediato, um diferencial nesse mercado”, diz.
A aquisição pela CCR dos ativos pertencentes a Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez é o resultado da decisão dos dois acionistas controladores em centralizar na CCR suas atuações neste setor. “Dessa forma, eles continuarão participando ativamente do negócio, por meio de uma empresa que consolide a gestão desses ativos com maior sinergia, solidez e capacidade de ampliar seu valor”, explica o executivo da concessionária.
Além da aquisição dos três aeroportos internacionais, a decisão do último dia 16 abre espaço para que a CCR estude sua participação nas licitações promovidas pelo Governo Federal brasileiro para a concessão dos aeroportos de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília, que estão previstas para serem realizadas no próximo dia 6 de fevereiro. “Vamos nos preparar e participar da disputa pelos ativos que julgarmos interessantes, sempre respeitando a nossa política de disciplina de capital, cujo objetivo é criar valor para os nossos acionistas, a sociedade em geral e as regiões onde atuamos por meio de um crescimento qualificado”, afirma Vale.