Projeto é discutido pelo governo de Pernambuco e consórcio Camargo Corrêa/Andrade Gutierrez/Samsung
O projeto de construção do estaleiro Atlântico Sul na Ilha de Tatuoca, em Suape (PE), tomou fôlego esta semana partir da reunião realizada na segunda-feira entre o secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho, e representantes da empreiteira Camargo Corrêa. O encontro girou em torno dos ajustes sobre as obras de infra-estrutura, calendários e pontos de maturação dos compromissos já firmados.
“Até a próxima sexta-feira, a Camargo Corrêa nos enviará um documento/ofício, relacionando todas as pendências para que sejam tomadas as providências necessárias”, explica Coelho. “As obras de acesso deverão ser reiniciadas entre os meses de fevereiro e março”. Ao Estado caberá a responsabilidade pela infra-estrutura e a viabilidade de um acesso ferroviário. O governo estadual está investindo R$ 89 milhões em infra-estrutura na área do empreendimento, para atender tanto ao projeto do estaleiro quanto ao pólo da Mossi & Ghisolfi, cuja planta para fabricação de PET deverá ser inaugurada até o final do mês.
O estaleiro Atlântico Sul, a ser construído pelo consórcio Camargo Corrêa/Andrade Gutierrez/Samsung, será um mega-empreendimento nos padrões da indústria naval internacional e o maior do Hemisfério Sul. A unidade receberá investimentos de US$ 170 milhões e irá gerar cinco mil empregos diretos e 25 mil indiretos.
A área total do estaleiro será de 780 mil m2 e o empreendimento contará com um dique seco de 520 metros de extensão, 140 metros de largura e profundidade de 15 metros. Já a capacidade será de dois navios a cada 18 meses e uma plataforma de petróleo a cada 36 meses.
O foco principal do estaleiro será atender à licitação que está em andamento pela Transpetro, mas também estão na mira do consórcio outros clientes nos mercados brasileiro e internacional.