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Brasil realiza primeira concessão hidroviária com Hidrovia do Rio Paraguai

Projeto prevê investimentos iniciais de R$ 63,9 milhões e movimentação de até 30 milhões de toneladas anuais até 2030
Por Redação em 10 de fevereiro de 2025 às 7h17
Brasil realiza primeira concessão hidroviária com Hidrovia do Rio Paraguai
Foto: Vosmar Rosa/MPor
Foto: Vosmar Rosa/MPor

O Brasil iniciou o processo de concessão da Hidrovia do Rio Paraguai, a primeira concessão hidroviária do país. A iniciativa foi debatida em audiência pública realizada na sede da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), em Brasília, promovida em parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos.

A concessão abrange um trecho de 600 km entre Corumbá e Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul. O projeto prevê investimentos de R$ 63,9 milhões nos primeiros cinco anos, com foco na infraestrutura e segurança da navegação. O modelo poderá ser aplicado a outras concessões, dentro da meta governamental de estruturar seis projetos hidroviários até 2026.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que a concessão busca fortalecer o modal hidroviário como alternativa logística. “Essa hidrovia será fundamental para avançarmos no escoamento inédito de ferro no Brasil, além de outros insumos que poderão ser ampliados”, declarou.

O governo estima que a hidrovia possa movimentar entre 25 e 30 milhões de toneladas anuais até 2030. O projeto busca reduzir custos logísticos, aumentar a competitividade do agronegócio e da indústria nacional, e diminuir emissões de gases de efeito estufa, alinhando-se a políticas de sustentabilidade.

A concessão terá duração inicial de 15 anos, com possibilidade de prorrogação. O transporte de passageiros e cargas de pequeno porte será gratuito, garantindo acesso à população local. Além disso, a expectativa é que a iniciativa atraia investimentos privados e otimize a gestão das hidrovias.

Durante a cerimônia, o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, ressaltou o trabalho conjunto entre as instituições envolvidas. “O dia de hoje é resultado de um trabalho realizado a muitas mãos, pela Antaq, pelo Ministério de Portos e Aeroportos e pela recém-criada Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação”, afirmou.

O cronograma do projeto prevê consulta pública no primeiro trimestre, envio para o Tribunal de Contas da União (TCU) no segundo trimestre e leilão no quarto trimestre.

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