A operadora de carga ferroviária MRS realizou, no mês de maio, uma operação inédita com contêineres transportados por trens. Uma composição circulou com 85 unidades, o equivalente a 90 TEUs, pela rota que liga Santos ao Vale do Paraíba, no estado de São Paulo.
Os contêineres saíram da Santos Brasil, no Porto de Santos, carregados de sucata de alumínio e insumos para a fabricação de produtos químicos. De lá, foram levados até o terminal da Cragea, em São José dos Campos, tendo como destino final fábricas de clientes da MRS em São José dos Campos e em Pindamonhangaba.
“Esse tipo de operação acontece de acordo com a demanda. Não é possível afirmar que se trata de uma tendência, mas é muito provável que ocorram novas operações com composições desse porte”, avalia Guilherme Alvisi, gerente geral de Negócios para Carga Geral da MRS.
Esse foi o maior trem formado exclusivamente por contêineres pela companhia desde que foi iniciada a programação de grade fixa, que viabiliza o atendimento a demandas pelo transporte por contêineres dentro de padrões predefinidos e com operações desenhadas especificamente para cada necessidade.
De acordo com a analista de Planejamento da Circulação e Controle da Operação, Natasha Granato, apesar de serem chamadas de fixas, as grades permitem que a MRS apresente flexibilidade no atendimento. “As referências operacionais, já definidas, facilitam o planejamento de volumes por rotas, mas com certeza são imprescindíveis à programação no momento de tomadas de decisões mais seguras e ágeis com base na grade”.
No primeiro trimestre de 2016, a companhia registrou um crescimento de 60% no transporte de cargas em contêineres pela ferrovia na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado de 2015 foi registrado, pelo segundo ano consecutivo, um crescimento superior a 30%, totalizando 67,7 mil TEUs movimentados sobre trilhos.