Operadora logística anuncia também abertura de filiais no Mercosul
Criado em 2002 e já presente em 22 países, o sistema GefBox, da operadora logística Gefco, chega agora ao Mercosul para oferecer aos clientes uma ampla gama de soluções destinadas a otimizar a gestão dos fluxos de suporte de acondicionamento e manuseio de materiais em embalagens plásticas e paletes. O serviço é utilizado atualmente por mais de 1.200 usuários, principalmente na indústria automotiva européia, e tem como objetivos não somente a economia dos clientes, mas também o respeito ao meio ambiente.
“Ao contrário das embalagens de madeira ou papelão, que precisam ser recicladas ou destruídas após uma única utilização, o GefBox colocará à disposição dos clientes embalagens standard e, ao mesmo tempo, a gestão e planejamento das suas operações, também realizados por nós”, explica Abel Lamé, diretor-geral Mercosul do Grupo Gefco.
Entre as vantagens da solução estão a redução das avarias nas mercadorias durante o transporte, a grande facilidade de manutenção (tanto na limpeza quanto na solidez das embalagens) e a estabilidade nos empilhamentos. Outra vantagem apontada por Lamé é a otimização da taxa de ocupação dos caminhões, pois as grandes caixas são desmontáveis e os outros modelos são encaixáveis. É possível, ainda, a sua utilização em contêineres, mas Christian Zbylut, vice-presidente de Network do grupo, adverte para a necessidade de uma rotação rápida (12 a 15 vezes por ano) a fim de otimizar os fluxos de embalagem – ou seja, grandes distâncias marítimas são restritivas para o uso das caixas.
A demora em tornar o serviço disponível no Brasil é atribuída, segundo ele, ao fato de a preocupação ecológica na Europa ser maior do que no Mercosul, forçando as empresas a utilizarem produtos e serviços menos poluentes, entre os quais as embalagens reutilizáveis.
“Para oferecermos o serviço no Brasil, as condições eram os fabricantes integrarem as embalagens em suas linhas de montagem, para que fosse possível alcançar um volume global e otimizar a prestação do serviço. E também era necessária a conscientização das empresas em reduzir a quantidade de embalagens destruídas”, afirma Zbylut, acrescentando a dificuldade na gestão dos recipientes, pois é necessário entregá-los para os clientes, recolher as embalagens usadas, repará-las e devolvê-las aos fornecedores. Para otimizar esse fluxo, a solução foi investir em uma ferramenta de gestão também no Mercosul.
Os altos custos na fabricação das embalagens plásticas não são vistos pelos executivos da Gefco como um empecilho à disseminação do sistema. “Quanto mais clientes utilizarem o serviço, mais o preço deverá cair”, acredita Lamé. “Produzir uma caixa de plástico custa mais do que uma de madeira; no entanto, quanto mais caixas forem produzidas, menor será o seu custo”, completa o vice-presidente. “Acreditamos na conscientização para a utilização de materiais reutilizáveis, em vez das embalagens descartáveis. Ao mesmo tempo, entendemos que esta deva ser uma decisão por parte dos fabricantes, em reduzir o número de material perdido atualmente”.
Mercosul na mira da empresa
Subsidiária do grupo PSA Peugeot Citroën, a Gefco anuncia as projeções de expansão na região Mercosul em 2007, que incluem a chegada da empresa no Chile, em agosto, e a abertura de duas novas filiais – a primeira em Porto Alegre e a outra na Terra Do Fogo (Argentina) até o final do ano.
“Acreditamos no Mercosul e no seu potencial de crescimento. Nosso objetivo na região é acompanhar a ascensão da região e de nossos clientes, além da conquista de novas contas”, afirma Lamé. A entrada da empresa no Chile, em um investimento de US$ 5 milhões, é um ponto estratégico no crescimento da Gefco Mercosul: “Apostamos naquele país como uma abertura de portas para o Pacífico para os clientes de nossas filiais no Brasil e na Argentina”, completa ele.
Segundo Zbylut, há um trabalho progressivo de valorização da potencialidade do Mercosul e esta é uma das três regiões-alvo da companhia, juntamente com Europa Oriental e Ásia. “Nossa expectativa é termos um aumento de 50% na região nos próximos três anos, seguindo a nossa missão de acompanhar o crescimento de nossos clientes”, afirmou.