Montadora adotará modelo eletrônico em parte das operações de veículos
A Toyota do Brasil, quinta maior montadora em vendas no País, está na fase de preparação (testes) para adotar o modelo de emissão eletrônica de suas notas fiscais. Atualmente, a empresa está operando com os métodos tradicional e eletrônico simultaneamente e planeja, a partir de outubro, emitir oficialmente parte dos seus documentos no novo sistema.
A montadora, que emite aproximadamente 60 mil notas fiscais em papel mensalmente, foi uma das escolhidas para participar do projeto-piloto do governo, que conta com a participação de 19 companhias e é conduzido pelas Secretarias da Fazenda de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Maranhão, Goiás e Bahia, em conjunto com a Secretaria da Receita Federal.
Na Toyota, a adoção da nota fiscal eletrônica será gradual, não abrangendo o volume total das notas emitidas atualmente. “Escolhemos uma fração de emissões do faturamento de veículos para iniciarmos as operações com o modelo de emissão eletrônica”, explica Rodolfo Cotta, chefe do Departamento de Faturamento e Cobrança da montadora. A implantação acontecerá de forma progressiva para verificarmos as implicações comerciais e as possíveis dificuldades.
Segundo o executivo, a nota fiscal eletrônica trará também a possibilidade de substituição do processo atual de EDI (Electronic Data Interchange), que poderá ser feito no futuro com as ferramentas do B2B e agilizará procedimentos no processo de exportação e importação. Embora seja difícil mensurar a redução de custos com a adoção da nota fiscal eletrônica, explica Cotta, a expectativa é eliminar gastos com operações acessórias – tempo de transação, contabilização de informações e armazenamento físico dos documentos e papel – em médio prazo.
Para viabilizar a entrada no projeto e garantir a segurança das suas informações, a Toyota adotou a solução Net D-Fence, da True Access, que une em uma mesma ferramenta as funções de HSM (Hardware Security Module) e VPN (Virtual Private Network). Além da segurança, os investimentos da montadora para implantar o modelo eletrônico também envolveram os custos com os analistas internos e a associação com um provedor para a implantação da interface entre a empresa e a Secretaria de Fazenda.
“A nota fiscal eletrônica é um processo irreversível que, somado ao projeto de escrituração fiscal e contábil digital, trará benefícios para toda a sociedade. Provavelmente, ela ainda será facultativa para as empresas por um período de tempo, mas certamente se tornará obrigatória em médio prazo”, prevê Cotta.