O fundo imobiliário BTG Pactual Logística (BTLG11) concluiu uma operação imobiliária de R$ 1,7 bilhão, a maior já registrada no setor de logística entre fundos imobiliários no Brasil. A transação envolve a compra de um portfólio composto por 13 ativos localizados no estado de São Paulo, com 94% da receita desses imóveis concentrada em um raio de até 60 quilômetros da capital.
Os ativos adquiridos somam uma área bruta locável (ABL) de aproximadamente 541 mil metros quadrados, distribuídos em imóveis já prontos para operação. Empresas como Unilever, DHL, Nestlé, Shopee, JSL e outras 12 companhias fazem parte dos locatários, respondendo por 76% da receita dos ativos.
A aquisição será paga em duas etapas. A primeira, de R$ 1,15 bilhão, será quitada à vista no fechamento da operação. A segunda parcela, de R$ 614 milhões, será paga após 18 meses, com correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O cap rate estimado da transação, indicador que mede o retorno de capital em relação ao valor investido nos imóveis, é de 9,5% ao ano. O impacto previsto nos dividendos do BTLG11, resultante dessa operação, é de R$ 0,32 por cota.
Em agosto, o BTLG11 reportou um resultado de R$ 35,4 milhões, superando o valor de R$ 25,8 milhões registrado em julho. Segundo o relatório mensal divulgado pela gestora do fundo, a receita no período foi de R$ 18,5 milhões, enquanto as despesas somaram R$ 314 mil. O NOI (Renda Operacional Líquida) alcançou R$ 18,2 milhões.
Além disso, o fundo informou a distribuição de R$ 33,7 milhões em dividendos, o que equivale a R$ 0,78 por cota, representando um aumento de R$ 0,02 em relação ao rendimento anterior. O montante de R$ 1,6 milhão foi destinado à reserva do fundo.