Ataques a navios no Mar Vermelho, nesta terça-feira (19), atribuídos ao grupo militante iemenita houthi alinhado ao Irã, causaram perturbações significativas no tráfego da principal artéria comercial do Canal de Suez, resultando em aumentos firmes nas tarifas de transporte marítimo global. Empresas, como a Maersk, foram forçadas a reorganizar suas frotas, evitando o Canal de Suez e contornando o Cabo da Boa Esperança.
Os ataques evocam memórias do incidente em 2021, quando o navio de contêineres Ever Given bloqueou o canal, interrompendo o tráfego por seis dias. Embora os preços de frete tenham aumentado abruptamente devido à atual situação, ainda estão abaixo dos picos observados durante a pandemia de Covid-19.
A Electrolux, empresa global de eletrodomésticos, estabeleceu uma força-tarefa para encontrar rotas alternativas e prioridades de entrega, enquanto a Inter IKEA alerta sobre possíveis faltas de produtos.
O preço para embarcar um contêiner da China para o Mar Mediterrâneo atingiu US$ 2.413 nesta terça-feira (19), refletindo um aumento de 44% desde dezembro, de acordo com Eytan Buchman, chief marketing officer da Freightos. Apesar do aumento, essa tarifa ainda está significativamente abaixo dos picos observados em janeiro de 2022, durante a pandemia, quando chegou a US$ 14.158.
Lloyd Austin, secretário de Defesa dos Estados Unidos, anunciou que o país lidera uma operação internacional para proteger o comércio no Mar Vermelho, em resposta aos ataques no Canal de Suez, por onde passa aproximadamente 12% de todo o tráfego de navios do mundo.
*Com informações do Terra.